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03/Fev/2020

Coronavírus deve travar acordo entre EUA e China

O surto de coronavírus deve limitar as compras de produtos agrícolas norte-americanos pela China, segundo avaliação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Já era um pouco difícil matematicamente descobrir se a China realmente cumpriria esse compromisso acertado na primeira fase do acordo comercial, segundo a FAO. Agora, a situação se deteriorou mais do lado da demanda. Isso não é culpa da China, segundo a FAO. Como parte da primeira fase do acordo comercial assinado entre China e Estados Unidos, os chineses concordaram em aumentar a importação de produtos agrícolas americanos em US$ 32 bilhões nos próximos dois anos. A China foi cuidadosa na assinatura do acordo e pontuou que as suas compras estariam sujeitas às condições do mercado.

O agravamento da disseminação do vírus pressiona as cotações de grãos e oleaginosas, já que traders temem pela redução da demanda chinesa, principalmente nos mercados de soja e pecuária. Contudo, a queda nos preços deve permanecer mesmo sem o coronavírus. Não é porque os Estados Unidos vão vender agora para a China que teremos um boom no comércio mundial. Na verdade, esses produtos vão ser desviados de outro lugar para China, mas não estamos vendo sinal de que a demanda real esteja crescendo globalmente. Sem uma demanda forte, uma das razões pelas quais os preços poderiam subir seria eventual incremento das compras de grãos pela Rússia e pela Ucrânia, países vulneráveis às condições climáticas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.