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31/Jan/2020

Dólar atinge recorde com temor sobre coronavírus

O dólar fechou na máxima histórica nesta quinta-feira (30/01), perto de R$ 4,26, depois de ter superado R$ 4,27 no pico do dia em meio a uma onda de aversão a risco nos mercados financeiros globais por temores referentes ao coronavírus surgido na China. O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,95%, a R$ 4,2589. É o maior valor nominal da história, deixando para trás o recorde anterior de R$ 4,2586 do dia 27 de novembro de 2019.

Na máxima do dia, a moeda foi a R$ 4,2733, perto do pico intradiário de R$ 4,2785 alcançado em 26 de novembro do ano passado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (30/01) que a epidemia de coronavírus na China agora constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional, em meio a evidências crescentes do vírus se espalhando por 19 países. A China segue como o país mais afetado.

O receio do mercado é que a paralisação de diversos serviços no gigante asiático para conter a propagação do vírus provoque uma desaceleração na atividade chinesa a ponto de afetar toda a economia global. Janeiro, aliás, foi de forte pressão no câmbio, com o Real se desvalorizando, em termos nominais, 5,78% ante o dólar, com o pior desempenho para qualquer mês desde agosto passado e o mais fraco para meses de janeiro desde 2010.

A fraqueza do câmbio decorre de uma série de fatores, entre os quais expectativa maior de queda dos juros, números piores de conta corrente e sinais de retomada mais lenta que a esperada na atividade econômica. Além disso, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e voraz consumidor de matérias-primas, grupo com importante peso na balança comercial brasileira. O coronavírus realmente está preocupando pelo canal das commodities, já que existe o medo de que a economia da China desacelere. As commodities estão caindo, com destaques para soja, milho, café e petróleo. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.