ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Jan/2020

Seguro Rural: demanda cresce com clima adverso

A ocorrência de eventos climáticos adversos à produção agrícola numa frequência maior tem reforçado a procura por proteção contra perdas no campo. A Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) estima que neste ano os produtores reservem até 20% mais recursos para minimizar prejuízos às lavouras com estiagem ou riscos de geada/excesso de umidade, ou ainda para garantir rentabilidade em situações de forte oscilação de preços. Qualquer quebra ao redor de 30% ou 40% da safra pode comprometer o fluxo de caixa do produtor nas duas ou três safras seguintes. Entre 2018 e 2019 a área protegida no Brasil cresceu 50%, compreendendo 13 milhões de hectares. Nesse período, o número de apólices aumentou 38%, para 58.215.

A entidade ainda não tem dados consolidados de contratação de seguro na safra 2019/2020, que começou em julho do ano passado, mas estima que a procura tenha superado a da temporada 2018/2019. O interesse de produtores é comemorado pelo setor, mas o crescimento está longe de cobrir o tamanho da área plantada no País. No ciclo 2019/2020, serão cultivados 64,2 milhões de hectares de grãos. Em 2019, o total contratado subiu 15,2%. Havia uma demanda reprimida pela escassez de recurso subsidiado pelo governo federal. A previsão é de que essa parcela possa ser atendida ainda neste ano. Contribui para esse movimento o fato de que há mais empresas atuando no seguro rural - eram 4 em 2019 e agora são 14 -, e a concorrência tem se refletido em prêmios mais baixos das apólices.

O cálculo da Fenseg é de que o prêmio anual médio no País seja em torno de 7% do valor assegurado, o que varia conforme a região e a cultura coberta. O Ministério da Agricultura, que subsidia o prêmio para uma parcela do setor produtivo, estima uma queda de 7,1% no valor pago pelo produtor entre 2018 e 2019. Considerando o seguro contratado sem subsídio governamental, a despesa média caiu, entre os períodos, de 15,9% para 13,0% no caso do milho segunda safra, de 13,0% para 12,0% do trigo; e de 5,5% para 5,0% na soja. A Brasilseg, subsidiária do Banco do Brasil, que tem participação de 53% do setor, avalia que em cinco anos a taxa média do seu seguro agrícola caiu do intervalo de 7,0% a 7,5% para a faixa de 5,0% a 5,5%. A operadora disponibiliza coberturas para 14 culturas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.