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09/Jan/2020

Brasil-Irã: esforços para preservar as exportações

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro adota um discurso disperso sobre Irã, a diplomacia brasileira trabalha em duas frentes em relação à nação persa, em crise com os Estados Unidos. De um lado, o Itamaraty avalia que o apoio de iranianos a milícias poderia contribuir para a entrada de grupos terroristas no Brasil. Do outro, o governo federal se esforça para manter a parceria comercial e as exportações ao Irã, que geram mais de US$ 2 bilhões em divisas ao ano.

Na questão diplomática, o Itamaraty avalia que o País está vulnerável, principalmente na fronteira com a Venezuela. O Brasil não pretende afirmar que o Irã é um estado terrorista, mas manter a crítica pontual de que a política adotada por aquele país pode ter reflexos na América do Sul. Para isso, tem como sustentação a justificativa de que nações como França, Alemanha e Reino Unido também expressaram preocupação com a atuação do Irã no Oriente Médio.

O intuito é rebater as críticas de que o presidente brasileiro tem atuado em uma crise que não é sua. Apesar disso, o governo se esforça nos bastidores para tentar manter intactas as relações comerciais com o Irã. Há três dias, a encarregada de negócios da embaixada brasileira em Teerã reforçou esse posicionamento após convocada para prestar esclarecimentos sobre nota divulgada no dia 3 de janeiro sobre o conflito com os Estados Unidos, vista como gesto de apoio aos norte-americanos.

Nesta quarta-feira (08/01), o Brasil optou por desmarcar uma nova reunião com uma autoridade iraniana por considerar que o atual momento é delicado. De acordo com uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, a discussão agora precisa ocorrer em alto nível e com um viés político para acalmar os ânimos. A ideia é esperar o retorno ao Irã do embaixador Rodrigo Azeredo, que está hospitalizado no Rio de Janeiro após as férias. Não há uma data para que isso ocorra. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.