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06/Jan/2020

Dólar deverá ter desvalorização nos EUA em 2020

Após a forte performance de 2019, o dólar se desvalorizar modestamente em 2020, guiado principalmente pela desaceleração da economia americana. Apesar da expectativa de continuidade de um crescimento sólido nos Estados Unidos, o ritmo menor deve reduzir o diferencial de expansão em relação a outras regiões do planeta neste ano. A recente força do dólar, tanto contra moedas de países desenvolvidos quanto de nações emergentes, ganhou ímpeto no início de 2018 e se prolongou durante 2019, com o início da guerra tarifária travada entre Estados Unidos e China. Mas, com a sinalização de menores tensões em 2020, quando as duas maiores economias do mundo devem assinar um acordo comercial inicial anunciado em dezembro e seguir em negociação, a atenção se voltará ao crescimento. O diferencial de crescimento americano contra o resto do mundo se deslocará contra os Estados Unidos nos próximos dois anos.

Mas não se espera uma fraqueza ampla da moeda, e sim seletiva, especialmente em relação às moedas de mercados emergentes, como América Latina e Ásia, e algumas das moedas subvalorizadas ligadas a commodities do G10. Como o euro deve chegar ao fim de 2020 apenas modestamente mais alto, em US$ 1,13, ele acredita que o índice DXY se desvalorizará apenas 2% no próximo ano, baixando a 95,50 pontos, contra o nível dos 97 pontos no final de 2019. O DXY mede a moeda americana em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes, mas 77% de sua composição é de moedas europeias, e a Europa não será um destino de investimento particularmente atraente em 2020. Com as taxas de juros perto de mínimas histórias, os investidores podem muito bem olhar para os diferenciais de crescimento econômico para obter informações sobre as mudanças no mercado de câmbio. Com isso, o dólar deve se depreciar modestamente em 2020, com a expectativa de que a expansão nos Estados Unidos desacelere ainda mais, pelo menos no curto prazo.

A fraqueza da moeda americana não deve se sustentar. Na verdade, a perda de ritmo econômico nos Estados Unidos e um Federal Reserve (Fed, o banco central americano) "dovish" devem manter a divisa americana em desvantagem principalmente contra moedas de países com superávit em conta corrente. Ao mesmo tempo, moedas de países do G10 e emergentes devem ter dificuldades para manter o avanço contra o dólar. Por outro lado, a redução de tarifas dos Estados Unidos à China como parte de um acordo comercial inicial deve dar apoio ao dólar contra o yuan chinês, o que poderá beneficiar as moedas emergentes, particularmente aquelas que estão intimamente ligadas à cadeia de suprimentos da China. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.