16/Dez/2019
O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou que a ideia do governo norte-americano é de que a China chegue a comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos, mas o acordo de “Fase 1”, anunciado na sexta-feira (13/12), prevê a compra de pelo menos US$ 40 bilhões. A meta dos negociadores é começar em breve as tratativas da próxima fase do acordo. Segundo ele, a China elevará suas compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos em US$ 32 bilhões ao longo dos próximos dois anos, em comparação com os patamares anteriores. Isso elevaria as compras totais de produtos agrícolas chinesas a US$ 40 bilhões ao ano, com a China trabalhando para elevar esse patamar a US$ 50 bilhões por ano.
As compras agrícolas são parte de um pacote destinado a elevar as exportações da China em US$ 200 bilhões ao longo de dois anos. Os produtos exatos envolvidos continuarão a ser uma informação secreta. Ainda segundo ele, não houve acordo sobre uma redução em estágios das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos da China. A China fez compromissos específicos em propriedade intelectual, incluindo combate à pirataria, respeito a patentes e questões de marca, bem como direitos de produtos farmacêuticos. Os compromissos em propriedade intelectual serão anunciados no futuro, acrescentou. A autoridade americana disse ainda que o objetivo do governo Donald Trump agora é começar a negociação da próxima fase do acordo em breve. Além disso, informou que o texto da “Fase 1” não deve ser publicado até daqui duas semanas.
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou na sexta-feira (13/12) que a negociação de uma segunda fase no acordo comercial com os Estados Unidos começa imediatamente. Porém, não há ainda um calendário para a conclusão da “Fase 2”. Ele avaliou que o acordo comercial entre as potências deve melhorar a confiança. Questionado sobre o montante de compras agrícolas da China, que poderia ficar entre US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões após o acordo, Kudlow afirmou que esse avanço pode ocorrer ao longo de dois anos. Segundo o vice-ministro da Agricultura da China, o país vai importar mais trigo, milho e arroz dos Estados Unidos, mas não especificou volumes. Nos últimos anos, o país asiático não tem sido um grande comprador desses grãos dos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.