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04/Dez/2019

Economia já dá sinais de melhora no 3º trimestre

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (03/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou os resultados das Contas Nacionais Trimestrais, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária subiu 1,3% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB da agropecuária mostrou alta de 2,1%. Há revisão para o Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária no ano de 2018, de uma leve alta de 0,1% para um avanço de 1,4%. A revisão tão acentuada foi motivada pela incorporação de dados mais detalhados dos levantamentos Produção Agrícola Municipal, Pesquisa Pecuária Municipal e da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura. O PIB de 2018 saiu de um crescimento de 1,1% para aumento de 1,3%. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,4% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB de serviços mostrou alta de 1,0%. Também foram revistos os resultados do ano passado do PIB da Indústria, de 0,6% para 0,5%, e de Serviços, de 1,3% para 1,5%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou alta de 2,0% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, a FBCF mostrou alta de 2,9%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 16,3% no terceiro trimestre de 2019. As exportações recuaram 2,8% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, as exportações mostraram queda de 5,5%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, subiram 2,9% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, as importações mostraram alta de 2,2%. A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

A taxa de poupança ficou em 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2019. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2019 ante o primeiro trimestre de 2019, de 0,4% para 0,5%. O PIB do primeiro trimestre de 2019 ante o do quarto trimestre de 2018 foi alterado de -0,1% para 0,0%. Também foi revisado o PIB de 2018 de alta de 1,1% para alta de 1,3%. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,60% no terceiro trimestre de 2019 ante o trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB apresentou alta de 1,2% no terceiro trimestre de 2019. O PIB do terceiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,842 trilhão. O avanço de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre do ano, foi a maior variação nessa ótica de comparação desde o primeiro trimestre de 2018, quando a alta foi de 0,7% ante o quarto trimestre de 2017.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, o avanço de 0,8% no PIB da indústria foi a maior variação desde o quarto trimestre de 2014, quando a alta foi de 0,8% ante o terceiro trimestre daquele ano. O PIB industrial foi puxado pelo desempenho da indústria extrativa, que saltou 12,0% na comparação com o segundo trimestre deste ano. Essa foi a maior alta para o PIB das extrativas nessa base de comparação desde o quarto trimestre de 2003, 16 anos atrás, quando o avanço em relação ao terceiro trimestre daquele ano foi de 12,2%. Na comparação com iguais períodos dos anos anteriores, a alta de 4,0% no PIB da indústria extrativa foi a maior variação desde o quarto trimestre de 2018, quando o avanço foi de 4,4% sobre os três últimos meses de 2017. Ainda nessa base de comparação, a alta de 1,0% no PIB industrial do terceiro trimestre deste ano foi o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2018, quando o avanço sobre igual período de 2017 foi também de 1,0%. Nessa base de comparação, a indústria da construção civil também foi destaque.

A alta de 4,4% ante o terceiro trimestre de 2018 foi a maior desde o primeiro trimestre de 2014, quando houve crescimento de 8,2% ante os três primeiros meses de 2013. Foi a segunda alta nas comparações com os iguais trimestres de anos anteriores (no segundo trimestre de 2019, houve alta de 2,4% ante igual período de 2018), quebrando uma sequência de 20 trimestres de queda na construção civil. O consumo das famílias subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o consumo das famílias mostrou alta de 1,9%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,4% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o consumo do governo mostrou queda de 1,4%. O avanço de 1,9% no consumo das famílias dentro do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2019, na comparação com igual período de 2018, foi a décima alta seguida nessa base de comparação.

A formação bruta de capital fixo (FBCF, conta dos investimentos no PIB) também manteve uma sequência de altas na série de comparações de um trimestre com igual período de anos anteriores. A alta de 2,9% ante o terceiro trimestre de 2018 foi a oitava seguida. Com o crescimento registrado no terceiro trimestre, o nível do Produto Interno Bruto (PIB) está 3,6% abaixo do pico, registrado no primeiro trimestre de 2014, o último antes de a economia brasileira entrar no ciclo recessivo que durou até 2016. Após entrar no ciclo de retração, no segundo trimestre de 2014, o PIB caiu até atingir o ponto mais baixo, no quarto trimestre de 2016. Desde que voltou a crescer e, portanto, deixou a recessão para trás, a partir do primeiro trimestre de 2017, o PIB brasileiro acumula alta de 4,9% até o terceiro trimestre deste ano. Em nível, o PIB do terceiro trimestre está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2012. O ritmo de crescimento do PIB no terceiro trimestre é o mesmo do segundo trimestre. No período de julho a setembro, houve alta de 0,6% no PIB ante o trimestre imediatamente anterior.

No período de abril a junho, a alta foi de 0,5%, na mesma base de comparação. A diferença é estatisticamente irrelevante. É uma melhora mais ou menos contínua, mas não muito acelerada. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi puxado, pela ótica da demanda, pelo consumo das famílias e pelos investimentos, enquanto o setor externo e o consumo do governo tiveram contribuição negativa para a atividade econômica. O consumo das famílias responde por 65% do valor adicionado e, por isso, as altas de 0,8% ante o segundo trimestre deste ano e de 1,9% sobre o terceiro trimestre de 2018 sustentam o crescimento do PIB. O consumo das famílias foi impulsionado pela recuperação gradual do mercado de trabalho que, mesmo sustentada pela informalidade, permitiu o crescimento real da massa salarial real, pela inflação comportada, pela expansão do crédito para as famílias e pelo nível mais baixo dos juros. Houve um crescimento grande do crédito voltado para as famílias com a alta nominal de 15,5% no saldo das operações de crédito com recursos livres para pessoas físicas, conforme os dados do Banco Central (BC).

Além disso, o crescimento do consumo das famílias teve a contribuição da liberação de saques do FGTS, que começou em setembro. Como ocorreu apenas em um mês do trimestre, esse efeito pontual foi menor do que os demais fatores. O PIB só não cresceu mais porque o consumo do governo e o setor externo puxaram a atividade para baixo. No primeiro componente, Rebeca destacou que há restrições orçamentárias nas três esferas de governo. O setor externo está com contribuição negativa desde o primeiro trimestre deste ano. Para isso, pesam um arrefecimento da demanda global pelas exportações brasileiras e a crise da Argentina, que atinge em cheio as vendas externas de alguns segmentos da indústria, como a automobilística. Quanto à 2018, houve revisões. Sob a ótica da demanda, o dado de 2018 sobre o Consumo das famílias passou de elevação de 1,9% para 2,1% no ano, enquanto o Consumo do Governo saiu de 0,0% para 0,4%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos do PIB) de 2018 foi revista de expansão de 4,1% para 3,9%.

As exportações passaram de alta de 4,1% para 4,0%, enquanto as importações saíram de 8,5% para 8,3%. A expressiva revisão da alta do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário de 2018 de 0,1% para 1,4% foi reflexo da incorporação dos resultados de pesquisas estruturais anuais como a Produção Agrícola Municipal (PAM) e a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), alterando a mudança das fontes primárias utilizadas para o cálculo. No entanto, também houve influência do Censo Agropecuário, que provocou ajustes nas pesquisas estruturais anuais da agropecuária e mudou pesos, o que acabou influenciando ainda as revisões trimestrais do PIB Agropecuário de 2019 e o resultado anual de 2018. Culturas como feijão, milho, café, laranja, soja e cana-de-açúcar cresceram mais nas pesquisas estruturais de 2018 do que no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). Todas essas culturas pela pesquisa anual tiveram crescimento mais alto do que tinha sido estimado antes pela LSPA. A revisão da agropecuária foi mais significativa do que ocorre normalmente.

A revisão na Agropecuária somada à do PIB de Serviços foram responsáveis pela revisão para cima do resultado do PIB brasileiro de 2018, em 0,2%. Com isso, a atividade econômica passou de uma expansão de 1,1% para 1,3% naquele ano. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB da Agropecuária foi revisto de uma queda de 0,1% no primeiro trimestre de 2019 para avanço de 0,9%. No segundo trimestre de 2019, a alta passou de 0,4% para 1,4%. A diferença tem a ver com o Censo, porque foi possível captar melhor o que está acontecendo. Também houve revisões nas estimativas mais recentes do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, com divulgação mensal. Ainda na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve revisão significativa no primeiro trimestre de 2019 na exportação de bens e serviços, que passou de alta de 1,0% para queda de 1,6%. No segundo trimestre de 2019, as exportações saíram de aumento de 1,8% para 1,3%. Foi revisão nos dados primários da exportação, nos dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex). Houve um problema no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e haverá revisão maior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.