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02/Dez/2019

Dólar deve se manter elevado no mês de dezembro

O dólar fechou em alta na última sessão de novembro, ao fim de uma semana marcada por sucessivos recordes históricos da moeda norte-americana, no encerramento de um mês de forte pressão no câmbio diante da frustração com perspectivas de ingressos de recursos. O dólar à vista subiu 0,58% na sexta-feira (29/11), a R$ 4,2405. No acumulado da semana, a cotação avançou 1,14%. Em novembro, a divisa saltou 5,77%, a maior alta mensal desde agosto passado (+8,51%) e a mais forte para meses de novembro desde 2016 (+6,18%). A alta do dólar no fim do mês é um movimento típico, pois investidores compram a moeda norte-americana para ajustar posições.

Depois da forte pressão cambial em novembro, o cenário para dezembro segue inspirando cautela, uma vez que se trata de mais um mês sazonalmente marcado por fluxo negativo. As perspectivas de médio prazo para a moeda pioraram, devido a fatores que extrapolam preocupações sobre fluxo. Ruídos políticos permanecem elevados tanto no Brasil, após a libertação de Lula da prisão, quanto na América Latina, em meio à agitação social. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), a serem divulgados nesta semana, são um elemento a mexer com a taxa de câmbio, já que cada vez mais o Real adota perfil de moeda de crescimento - que depende de fluxos que têm origem no crescimento econômico e não no diferencial da taxa de juros -, na esteira da forte queda dos juros.

A economia do Brasil provavelmente se expandiu cerca de 0,4% no terceiro trimestre ante o segundo, consolidando um ritmo estável de crescimento, embora não espetacular, antes de uma esperada aceleração no final do ano. A depreciação do Real em novembro pode abrir espaço para algum ajuste em dezembro, mas isso não é consenso. A queda nos diferenciais de juros e a piora em números da conta corrente são fatores a manter pressão sobre o câmbio. Portanto, a barra para posições a favor do Real está mais alta do que no passado, e uma história construtiva mais significativa e sustentada para a moeda provavelmente depende de um movimento de queda mais forte no dólar, o que não é o cenário-base por ora. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.