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02/Dez/2019

Carne bovina pressiona a inflação no final de 2019

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento do preço da carne bovina, puxado pelo crescimento das exportações do produto para a China, e alta do preço do boi gordo foram os principais fatores de pressão sobre a inflação dos produtos industriais na porta de fábrica nos últimos três meses. Esse movimento de alta do preço da carne bovina vem acontecendo desde agosto. A carne tem um aumento de custo, que é a compra do boi gordo pelos frigoríficos. Há ainda uma demanda adicional da China, após os problemas que o país teve com a peste suína africana (PSA). Com isso, a oferta é menor no mercado interno e o preço avança. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,64% em outubro, a terceira consecutiva. Com alta de 2,12%, a maior desde junho de 2018, os preços dos alimentos exerceram a principal influência sobre o resultado geral da indústria (0,47%).

Em seguida veio a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool, com alta de 4,04% e influência de 0,41%. O preço do boi gordo está na faixa de R$ 200,00 por arroba. Em São Paulo, o boi gordo teve aumento real de 35% em um mês. Vendida até o mês passado a R$ 140,00 por arroba, em média, está sendo negociada atualmente a R$ 231,00 por arroba. Com o resultado de outubro, o setor de alimentos já acumula alta de 4,17% no IPP em 2019. Os destaques são justamente "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas" e "produtos embutidos ou de salamaria de suíno, exceto pratos prontos". Se somados "rações e suplementos para animais" e "carnes de bovinos congeladas", os quatro produtos tiveram influência conjunta de 1,78% na alta dos alimentos no mês de outubro. Em relação à atividade de refino de petróleo, a alta de outubro foi a maior variação desde março (6,77%).

O acumulado subiu de 11,83% em setembro para 16,35%. Os preços dos derivados de petróleo vêm sendo aumentados há algum tempo por uma política do setor. Mesmo com uma redução nos últimos dois meses nos preços dos óleos brutos de petróleo, o efeito nos preços da gasolina, por exemplo, não é imediato. No dia 27 de novembro, a Petrobras anunciou um reajuste de 4% da gasolina na refinaria. Em 2019, a gasolina já teve alta de 28% e o diesel de 19%, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). A indústria extrativa é a principal "âncora" dos preços da indústria, segurando uma alta maior após registrar queda de 4,76%, depois de uma outra queda ainda mais acentuada em setembro (-10,49%). A explicação foi a forte queda da cotação internacional do minério de ferro e de óleos brutos de petróleo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.