04/Nov/2019

Segundo o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, as perspectivas de conclusão de um acordo comercial inicial com a China parecem positivas. As conversas sobre comércio com a China estão progredindo. Contudo, ainda há trabalho a ser feito para chegar a um acordo. As conversas continuam neste momento, com a liderança do secretário do Tesouro norte-americano e do representante comercial dos Estados Unidos. Do lado da China, lidera o vice-primeiro-ministro, Liu He.

As questões relacionadas à agricultura, serviços financeiros e moeda estão satisfatórias. Mas, as relacionadas à propriedade intelectual e transferência tecnológica, além de um mecanismo de cumprimento do acordo, ainda precisam ser definidas. Sobre a elevação de tarifas norte-americanas à China, marcada para o dia 15 de dezembro, o governo norte-americano afirmou que a medida permanece no radar até a conclusão da Fase 1 do acordo.

Porém, a demanda dos Estados Unidos para que a China compre até US$ 50 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos, como parte da primeira fase do acordo, pode representar um obstáculo às negociações. O volume seria o dobro do que a China costumava comprar antes das negociações comerciais. As dúvidas sobre se isso realmente acontecerá são mais do que justificadas. As compras nessa escala excederiam em muito a demanda real da China e levariam a um excesso de oferta considerável no mercado interno do país.

Se a China ceder a essa demanda, reduzirá os preços e reduzirá a renda da população rural do país. Para o atual ano comercial 2019/2020, a China se comprometeu em comprar 6,19 milhões de toneladas de soja norte-americana e até o momento, 1,64 milhão de toneladas desse volume foram embarcadas. Dois anos atrás, a China já havia encomendado nesse período 16 milhões de toneladas de soja e embarcado 8,1 milhões de toneladas até o final de outubro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.