ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

01/Nov/2019

Dólar sofre a 2ª maior queda do ano em outubro

O dólar fechou em firme alta na comparação com o Real nesta quinta-feira (31/10), mas acumulou em outubro a segunda maior queda mensal do ano, fruto de melhora da expectativa para o fluxo cambial, da aprovação da reforma da Previdência e de menor percepção de risco no exterior. No fechamento do mercado interbancário, o dólar subiu 0,55%, para R$ 4,0091. A valorização é a mais forte desde 15 de outubro. A apreciação do dólar neste pregão foi ditada por renovados temores quanto às negociações comerciais entre China e Estados Unidos. A volatilidade relacionada à definição da Ptax de fim de mês tampouco ajudou a amenizar a pressão de alta sobre a moeda. Os ganhos da moeda aqui refletiram a força do dólar no exterior contra outras divisas de risco, como peso mexicano, lira turca e rand sul-africano.

De forma geral, contudo, as últimas duas semanas de outubro foram de alívio para a taxa de câmbio no Brasil. No fechamento da sessão do dia 17, o dólar foi a R$ 4,1702, mas na sequência engatou quedas, na esteira de expectativas de melhora de fluxo cambial e também em meio a um ambiente externo mais propício a risco, conforme Estados Unidos e China ensaiaram algum consenso tarifário e o risco de um Brexit desordenado diminuiu. Na segunda metade do mês, operadores viraram as atenções para a esperança de robustos ingressos de capital por ocasião dos leilões do pré-sal, marcados para o começo de novembro.

As áreas em oferta no leilão de 6 de novembro somam um bônus de assinatura total fixo de R$ 106,5 bilhões e que deverão ser pagos pelos vencedores do certame, que se tornará a maior rodada de licitações de petróleo da história. As entradas desses recursos ajudariam a amenizar o saldo negativo do fluxo cambial, que em 12 meses até a parcial de outubro está em mais de US$ 30 bilhões. Um outro fator a amparar o câmbio daqui para a frente é a perspectiva de que o ciclo de queda da Selic esteja mais perto de uma conclusão. Na véspera, o Banco Central sinalizou cautela para o caso de novos cortes do juro no começo de 2020. Com esse risco de muitos outros cortes de juros mitigado, o câmbio deve continuar com boa performance neste começo de novembro, para quando se esperam fluxos de recursos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.