30/Out/2019

Alguns países da União Europeia têm questionado sobre se o resultado da eleição na Argentina pode comprometer o andamento do acordo comercial com o Mercosul, fechado este ano após duas décadas de negociações. O peronista Alberto Fernández venceu em primeiro turno com a vice Cristina Kirchner a disputa com o liberal Mauricio Macri, que tentava a reeleição. O governo brasileiro tem respondido que o acordo deve ser aprovado, que será dada continuidade porque os demais países do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Brasil) podem dialogar com a Argentina e, em tese, pressioná-los para que sejam apoiadores da continuidade do acordo.

A Venezuela também chegou a fazer parte do bloco comum, mas foi suspensa por não cumprir com os requisitos democráticos. O acordo comercial foi aprovado por representantes dos dois blocos, mas precisa agora receber o crivo dos parlamentares de todos os países envolvidos, além dos 4 do Mercosul, os 28 da União Europeia. Logo após a divulgação do resultado da eleição na Argentina, o presidente Jair Bolsonaro avaliou que os eleitores do país vizinho escolheram “mal” seu presidente. Bolsonaro afirmou que não iria se indispor com Fernández, mas também que não pretendia parabenizá-lo. Depois, afirmou que não queria romper em nada com a Argentina e que pretendia dialogar com o novo governo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.