30/Out/2019

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em meio às mudanças climáticas, as finanças verdes deveriam estar no topo das agendas de todos os países. Quanto mais demorada for a ação em tentar reverter a situação do clima, mas caro e mais difícil será conter as consequências. As finanças verdes são vitais para fazer isso acontecer, para salvar o planeta. A recomendação é de que os investimentos têm de ser verdes, têm de fazer parte da compliance e da cultura das empresas, dos governos e dos investidores. Os consumidores vão premiar as empresas que estão comprometidas. É o coletivo que vai fazer os empreendimentos irem adiante. A entidade acredita que não faltam recursos financeiros, mas eles estão sendo mal direcionados.

Apenas uma pequena parte dos fluxos está voltada para estruturas ligadas à sustentabilidade. Na semana passada, a Climate Bonds Initiative (CBI), uma ONG baseada em Londres e que tem o papel de unir investidores a projetos que sigam critérios ambientais, informou que a emissão de títulos verdes em 2019 tinha acabado de ultrapassar US$ 200 bilhões. O valor é o maior para um ano já registrado pela CBI. É incompreensível que apenas quatro países em todo o mundo taxem emissões de carbono com o uso de carvão para gerar energia. Em meio a tantas evidências, não é mais possível ignorar isso. Mais de 90% dessas emissões não são taxadas. Um trabalho da OCDE sobre o tema apontou que cinco áreas são responsáveis por 60% das emissões de gás: eletricidade, indústria pesada, residência, serviço de transporte e agricultura.

As cidades estão dominadas por carros, congestionadas e poluídas. Alguns líderes já estão percebendo as consequências de não se fazer nada a respeito. Há uma grande área que precisa de acompanhamento, como iniciativas de finanças verdes, taxonomia e papel dos bancos centrais, entre outros. Assim como saúde, educação e empregos, o meio ambiente também é importante ponto a ser acompanhado por toda a sociedade, principalmente com a aceleração da mudança climática. As temperaturas globais estão subindo, há cada vez mais eventos extremos de clima, diminuição do gelo no Ártico, o desmatamento está abrindo um buraco e afetando a biodiversidade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.