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28/Out/2019

Dólar segue em queda e pode cair abaixo dos R$ 4

O dólar voltou a cair frente ao Real na sexta-feira (25/10), chegando a novamente ceder abaixo do suporte psicológico de R$ 4, em um dia positivo para ativos de risco no exterior e com expectativas de melhora no fluxo cambial local. Na sexta-feira (25/10), o dólar à vista caiu 0,88%, para R$ 4,0094. É o menor valor para um fechamento desde 16 de agosto. Na mínima do dia, a cotação foi a R$ 3,9925, o menor nível intradia desde 19 de agosto. No acumulado da última semana, o dólar à vista recuou 2,67%, maior queda para o período desde a semana encerrada em 1º de fevereiro (-2,91%).

Comentários da Petrobras de que tentaria minimizar impactos sobre o mercado de câmbio decorrentes de operações de antecipação de pagamentos de dívida externa também embalaram a queda do dólar, uma vez que a ação poderia reduzir o impacto do fluxo negativo gerado pelo pré-pagamento desses passivos. A moeda dos Estados Unidos acumulou a maior desvalorização desde o começo de fevereiro, conforme operadores viraram as atenções para a esperança de robustos ingressos de capital por ocasião dos leilões do pré-sal, marcados para o começo de novembro.

As áreas em oferta no leilão de 6 de novembro somam um bônus de assinatura total fixo de R$ 106,5 bilhões, que deverão ser pagos pelos vencedores do certame, tornando-se a maior rodada de licitações de petróleo da história. As entradas desses recursos ajudariam a amenizar o saldo negativo do fluxo cambial, que em 12 meses até a parcial de outubro está em mais de US$ 30 bilhões e, também, poderiam compensar saídas de dólares típicas de fim de ano, quando se aceleraram as remessas de lucros e dividendos por parte de empresas estrangeiras com filiais no Brasil.

O Real foi beneficiado também por sinais de melhora nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, antes da decisão de juros nos Estados Unidos (na próxima quarta-feira), para a qual se espera novo corte de taxa. Quanto menor a taxa de juros nos Estados Unidos, mais atrativos se tornam investimentos em países emergentes, como o Brasil. Aqui, contudo, espera-se que o Banco Central também reduza a Selic dos atuais 5,50% para 5,00%, o que seria uma nova mínima histórica. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.