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28/Out/2019

Censo Agropecuário mostra mudanças no segmento

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que os dados do Censo agropecuário de 2017 mostram outro patamar da agricultura brasileira. O cenário, em relação ao primeiro censo, de 1920, que revelava um País com 650 mil estabelecimentos agropecuários e área plantada de 175 milhões de hectares, mudou não só em termos de expansão, mas em diversificação. Os estabelecimentos agropecuários foram multiplicados por sete, chegando a mais de cinco milhões, e a área foi duplicada, superando os 350 milhões de hectares. Desde o último censo, em 2006, a área plantada no Paraná cresceu 9% e a produção, 53%, com 28% da área nova destinada a solucionar a questão ambiental. Esse aumento aconteceu em função de tecnologia e dos esforços coletivos.

Segundo o Ministério da Agricultura, o censo retrata os impactos do Código Florestal, além de programas estaduais e federais para armazenagem, redução de gases do efeito estufa e incentivos tecnológicos. Há várias realidades no País e problemas pontuais. Com os dados do censo, será possível verificar em quais áreas se pode melhorar. A expectativa é de manutenção desse crescimento e de que próximo Censo já retrate a revolução tecnológica no campo. Conforme os dados apresentados na sexta-feira (25/10), que têm como base a data de 30 de setembro de 2017, o número de estabelecimentos rurais no Brasil diminuiu, passando de 5.175.636 em 2006 para 5.073.324 em 2017. O Paraná, por exemplo, perdeu cerca de 65 mil estabelecimentos, para 305 mil estabelecimentos rurais. Também apontam uma redução de 9,5% no número de estabelecimentos classificados como de agricultura familiar. Em 2017, dos 4,6 milhões de estabelecimentos de pequeno porte que poderiam ser classificados como de agricultura familiar, apenas 3,9 milhões atenderam a todos os critérios.

Dez anos depois, a configuração dos produtores mudou. Aumentou muito o número de estabelecimentos em que o produtor está buscando trabalho fora, diminuiu a mão de obra da família e está diminuindo a média de pessoas ocupadas. O estabelecimento acaba não podendo ser classificado porque não atende aos critérios da lei. Ainda assim, a agricultura familiar continua representando o maior contingente (77%) dos estabelecimentos agrícolas do País ocupam uma área menor, 80,89 milhões de hectares, o equivalente a 23% da área agrícola total. Em comparação aos grandes estabelecimentos, a agricultura familiar responde por um valor de produção menor: apenas 23% do total no País. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destacou, após a divulgação do Censo Agropecuário 2017, a importância da pesquisa para a definição de políticas públicas para o setor. Será fundamental na intensificação dos instrumentos atuais e na definição de novos instrumentos de financiamento, de seguro rural e da melhora da qualidade de vida dos brasileiros do campo.

Em relação ao Censo anterior, de 2006, houve aumento no uso da tecnologia nos estabelecimentos rurais, como o maior número de tratores e sistemas de irrigação. O acesso à internet também cresceu, passando de 75 mil estabelecimentos rurais em 2006 para mais de 1,4 milhão em 2017. A participação das mulheres no gerenciamento das propriedades também subiu, passando de 12,7% para 18,6%. O levantamento de 2017 também apontou maior preservação ambiental, com 106,6 milhões de hectares em matas naturais, representando um aumento de 12% se comparado ao Censo anterior. Em 11 anos, a contratação de mão-de-obra com intermediação de terceiros (empreiteiros, cooperativas e empresas), cresceu 143% nos estabelecimentos agropecuários. Eram 251.652 em 2006 e subiram para 611.624 em 2017. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.