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24/Out/2019

Queimadas: agronegócio quer intensificar combate

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), é preciso ajudar o governo a resolver a questão das queimadas na Amazônia ou mostrar a ele que caminhos seguir para obter melhores resultados. No próximo mês, novos números serão apresentados sobre a situação do desmatamento no País. Se há incentivos para produzir queimadas, é preciso localizar essas pessoas. Sobre a quantidade de soja que é produzida na Floresta Amazônica, a entidade afirmou que há "zero desmatamento" com a soja na Amazônia desde a moratória (pacto ambiental entre produtores, entidades ambientais e governo de adoção de medidas contra o desmatamento da Amazônia, previsto para durar inicialmente, apenas dois anos, a partir de meados de 2006). A moratória da Amazônia garante a receptividade da soja brasileira no exterior. Assim, a soja não tem qualquer relação com as queimadas. As leis domésticas são restritas e os produtores respeitam o que é ilegal.

As leis não mudaram e devem ser seguidas, pois o setor tem padrões de compliance. O próprio setor decidiu lançar a moratória porque reconhece que o governo não é suficiente para fornecer garantias. O setor privado precisa entender o desafio da cadeia da produção e que essa não é uma tarefa a ser feita apenas no Brasil ou depender somente de iniciativas governamentais. A soja é uma importante commodity no Brasil e representa basicamente a metade de toda a área de plantação no País. A demanda pelo grão está crescendo 4% ao ano. O consumo é forte, especialmente por causa dos países asiáticos. Quanto mais se planta, mais continua a crescer o consumo. O Brasil representa 45% da exportação total de soja do mundo. Há 10 anos, essa fatia era 30%. Ao vender para o mundo todo, os produtores percebem que os varejistas são os que mais querem saber sobre a origem dos produtos e que há 200 mil fornecedores de soja no Brasil, dificultando o monitoramento da atividade.

Mas, é preciso investir nesse acompanhamento da produção, para ter conhecimento dos riscos associados a ela. De qualquer maneira, uma reação mais célere do governo em relação às queimadas na Amazônia provavelmente teria diminuído a polêmica vista recentemente em todo o mundo e que acabou colocando o Brasil na berlinda sobre sua atuação em relação ao meio ambiente. Para a entidade, o governo demorou para dizer que está agindo. Isso teve muito impacto no exterior. Os dados sobre as queimadas são públicos, mas que acabou havendo muita desinformação na internet. O governo deveria ter sido mais assertivo e, além disso, demorou muito a se posicionar. Os dados sobre desmatamento que serão publicados no próximo mês, como ocorre em todo mês de novembro, devem apresentar elevação das queimadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.