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21/Out/2019

Guerra comercial China x EUA é ameaça global

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), fortalecer o comércio internacional é a primeira das cinco prioridades globais. A mudança deve começar pelo encerramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A perspectiva global é precária. O conjunto de riscos está ligado em primeiro lugar a uma possível ampliação das tensões no comércio e a crescentes vulnerabilidades financeiras. Há também o risco de contaminação do câmbio e das condições monetárias por estas tensões. Isso agravaria a desaceleração econômica já observada na maior parte do mundo. É preciso fazer do comércio um motor do crescimento econômico e da geração de empregos. Para isso, será necessário valorizar o sistema internacional e promover a paz no mercado global. Uma escalada na guerra de tarifas poderá custar 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Usar com sabedoria a política monetária é a segunda recomendação. Isso inclui manter crédito fácil e juros baixos, levando em conta, ao mesmo tempo, riscos associados ao dinheiro muito barato.

Mantida por muitos anos, a política frouxa dos grandes bancos centrais estimulou a economia, mas favoreceu operações arriscadas e incentivou o endividamento. Maior vulnerabilidade a choques financeiros é uma das consequências. Mover a economia por meio de incentivos fiscais, onde houver espaço para isso, é a terceira prioridade. A quarta é avançar em reformas estruturais, para tornar as economias mais seguras, mais produtivas e com maior potencial de crescimento. Será preciso dar atenção às mudanças tecnológicas e a seus efeitos no emprego e atenuar os custos sociais da transformação. Fortalecer a cooperação internacional é a quinta recomendação. Cooperação e multilateralismo estão associados a todas as linhas de ação valorizadas pela entidade. O pano de fundo, o sistema multilateral sob ataque dos novos governos populistas e nacionalistas, foi mantido como um dado implícito.

Esse pano de fundo inclui o abandono do Acordo de Paris sobre o clima e o risco de enfraquecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC). Para fortalecer o sistema comercial baseado em regras será preciso modernizá-lo, com abertura maior nas áreas de serviços e de comércio eletrônico. Também será necessário dar maior atenção a normas para subsídios agrícolas e industriais, investimentos e transferência de tecnologia. Com sua experiência em cooperação monetária e cambial, o Fundo está preparado para trabalhar com a OMC na promoção de um sistema comercial mais eficiente. Mudança climática também aparece como um tema importante na agenda política. O trabalho envolve, entre outros pontos, o assessoramento sobre formação de preços para o carbono e outros instrumentos destinados a facilitar a transição para uma economia mais verde. No folheto de dez páginas com a agenda política do FMI, alguns tópicos especiais são destacados com fundo azul. A atenção às questões climáticas é um deles. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.