ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

16/Out/2019

PIB global sofre corte nas projeções de expansão

De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI), lançado nesta terça-feira (15/10), cujo título é "Desaceleração global da manufatura, barreiras comerciais em elevação", a projeção para o crescimento da economia global este ano foi reduzido de 3,2%, na estimativa de julho, para 3%, a taxa mais baixa de expansão desde 2009. Em relação a 2020, houve redução na previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global, de 3,5% para 3,4%. Na comparação das estimativas apresentadas nesta terça-feira (15/10) no documento com as de abril, ocorreu uma redução de 0,3% para 2019, quando estimava uma alta de 3,3%, e de 0,2% para o próximo ano, pois a projeção era de 3,6%. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China é o destaque entre os principais fatores que levaram o FMI a reduzir suas projeções, pois prejudicou a produção industrial pelo mundo, inclusive no setor automotivo da Alemanha, e reduziu investimentos de empresas em economias avançadas, sobretudo com incertezas sobre o futuro de cadeias internacionais de manufaturados.

Essa disputa foi também o elemento preponderante que levou à diminuição de forma substancial as previsões para o crescimento do comércio mundial em volumes de mercadorias e serviços, pois baixou de 2,5% para 1,1% em 2019 e, em 2020, a previsão recuou de 3,7% para 3,2%. Em abril, a projeção era de expansão de 3,4% para este ano e de 3,9% em 2020. A previsão para o crescimento do PIB das economias avançadas foi reduzida de 1,9% para 1,7% em 2019. A projeção para 2020 foi mantida em 1,7%. As estimativas para os países emergentes diminuíram de 4,1% para 3,9% em 2019 e de 4,7% para 4,6% no próximo ano. Em 2019, o mundo deve registrar o nível mais baixo de expansão desde a Grande Recessão, em uma conjuntura internacional de baixa inflação e que permitiu movimentos quase sincronizados de reduções de juros por diversos bancos centrais de economias avançadas e emergentes. Na ausência de tais estímulos monetários, o crescimento global poderia ser menor em 0,5% em 2019 e 2020. Tal ajuda dos bancos centrais colaborou para contrabalançar em parte os efeitos negativos das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, pois tais disputas devem tirar 0,8% da expansão do PIB global no próximo ano. Como os bancos centrais tiveram de gastar a limitada munição para compensar erros de políticas, eles terão pouco à disposição quando a economia estiver numa posição mais difícil.

A perspectiva da economia global continua precária, com ampla desaceleração e incerta recuperação. As incertezas globais, que envolvem a guerra comercial entre Estados Unidos e China, desaceleração na Europa e um eventual processo conturbado de saída do Reino Unido da União Europeia, fazem com que os riscos à trajetória da economia global pendam mais para o lado negativo. Por outro lado, há um cenário mais favorável para as economias de mercados emergentes, entre eles o Brasil, México e Rússia, junto com a redução da intensidade das crises na Argentina, Turquia, Irã e Venezuela, deve ser responsável por 70% do avanço do PIB global em 2020. Com o crescimento mundial de 3% em 2019, não há espaço para equívocos na adoção de medidas econômicas por governos, o que torna urgente que os formuladores de políticas reduzam as tensões comerciais e geopolíticas de forma cooperativa. É essencial que países continuem trabalhando em conjunto para enfrentar questões mundiais como mudanças climáticas, tributação internacional, corrupção e segurança cibernética. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.