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23/Set/2019

PIB do Brasil em 2019 e 2020 revisado para baixo

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez uma drástica revisão das suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este e o próximo ano. Para a entidade que tem sede em Paris, a expansão doméstica em 2019 será praticamente a metade do que a previsão apresentada em maio: de 0,8%, ou 0,6 ponto porcentual (pp) abaixo da taxa anterior. Para 2020, a instituição reduziu o prognóstico na mesma magnitude, agora para 1,7%. Para efeito de comparação, a economia do País avançou 1,1% em 2018. Uma recuperação gradual deve continuar no Brasil, com projeção de crescimento do PIB de 0,8% este ano para cerca de 1,7% em 2020. As taxas de juros reais mais baixas fornecem apoio ao consumo privado, e o progresso na implementação de reformas deve ajudar a apoiar sentimentos e investimentos", considerou a entidade no documento "Previsões Econômicas Interinas" de setembro.

O relatório também destacou que economias emergentes, como Índia, México, Brasil, Rússia e Indonésia, com estruturas de câmbio flexíveis e exposições administráveis à dívida denominada em moeda estrangeira, têm espaço para afrouxar ainda mais a política monetária à medida que a inflação diminui, aproveitando a oportunidade para melhorar suas posições fiscais, se necessário. O documento foi escrito antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre juros da semana passada. O corte apresentado nas estimativas para PIB do Brasil é mais forte do que a redução prevista para o mundo no mesmo período. A OCDE contempla uma expansão da atividade global de 2,9% em 2019, apenas 0,3 ponto percentual abaixo da previsão de quatro meses atrás. Para 2020, a redução foi de 0,4 ponto percentual, para 3%. Poucos países ficaram sujeitos a cortes maiores do que os vistos nas expectativas para o PIB brasileiro.

O caso mais chamativo é o da Argentina, que passa por uma forte crise econômica e está próxima de realizar eleições. A estimativa de queda para o vizinho foi reforçada em 0,9 ponto percentual, para 2,7% neste ano, e em 3,9 pontos percentuais, para -1,8% para o próximo. O México também sofreu forte revisão para baixo (de 1,1 ponto percentual, para 0,5% neste ano e de 0,5 ponto percentual, para 1,5% no próximo), assim como a Arábia Saudita (de 1 ponto percentual em 2019 e de 0,4 ponto percentual em 2020, ambos para 1,5%). A redução para a Índia neste ano foi tão impactante de maio para cá (de 1,3 ponto percentual, para 5,9%) que o país perderá o posto, segundo a OCDE, de líder do crescimento, posto que deve ser ocupado pela China (6,1%). Para 2020, a entidade projeta taxa 1,1 ponto percentual menor do que há quatro meses, para 6,3%. Vale lembrar que o cálculo especificamente para este país leva em conta o ano fiscal, que se inicia em abril. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.