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19/Set/2019

PIB do Agronegócio tem leve alta no 1º semestre

Dados do primeiro semestre de 2019 sobre o agronegócio nacional mostram que até o maior setor da economia brasileira patina. Em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) dessa cadeia produtiva recuou 0,80%, mas ainda acumula crescimento de 0,53% nos seis primeiros meses deste ano. Os números foram revelados nesta quarta-feira (18/09) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A queda do PIB em junho ocorreu em quase todos os ramos do agronegócio. O segmento primário apresentou retração de 0,55%, a agroindústria queda de 0,86% e os agrosserviços recuaram 1,03%. Apenas o PIB do setor de insumos apresentou altas: de 0,23% no mês e de 7,26% no primeiro semestre. Esse desempenho positivo, na prática, não deve ser totalmente comemorado, pois retrata, principalmente, o aumento dos custos aos agricultores.

O segmento de insumos é responsável pelo fornecimento de fertilizantes e defensivos para a safra 2019/2020 que começa a ser plantada. Os preços desses produtos são atrelados ao dólar e a valorização da moeda norte-americana representou gastos maiores para o cultivo. E ninguém garante que os grãos e fibras terão a mesma valorização quando forem comercializados, no próximo ano. Aliás, os preços em queda de produtos agrícolas e uma oferta praticamente estável na safra recém-encerrada foram os motivos apontados para os recuos de 0,74% em junho e de 0,97% no primeiro semestre no PIB do setor agrícola. E no setor primário agrícola, ou seja, dentro da porteira, os recuos são maiores, de 1,20% em junho, e 7,71% nos seis primeiros meses do ano. Se o sinal amarelo está aceso para os agricultores, para os pecuaristas está verde.

Pesquisadores e economistas são unânimes em apontar o ramo como o responsável pelo crescimento do PIB do agronegócio na metade inicial de 2019. Apesar de um leve tropeço, com recuo de 0,93% em junho, o PIB do setor animal avançou 4,65% no semestre. E o crescimento no setor primário da pecuária, nos currais, pocilgas e granjas, impressiona: altas de 0,83% em junho e 10% no nos seis primeiros meses do ano. Ao contrário dos produtos agrícolas, o aumento de preços e da demanda internacional pelos produtos pecuários brasileiros foi o maior impulso do crescimento do PIB desse segmento e, consequentemente, do agronegócio brasileiro. Com a demanda aquecida pelas carnes, é de se esperar que esse cenário siga positivo também no segundo semestre. Para grãos e fibras, restar torcer por um futuro melhor. Fonte: Gustavo Porto. Agência Estado.