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02/Set/2019

Chuvas abaixo do normal para o próximo trimestre

Os mapas de precipitação probabilística para os próximos três meses foram atualizados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e segue a previsão de chuvas abaixo do normal sobre a maior parte da região central do Brasil, incluindo redutos produtores onde as precipitações devem ficar até 50 milímetros mais baixos do que a média histórica. A previsão de chuvas para os próximos meses tem preocupado os produtores rurais já que o início do plantio da safra de grãos ocorre a partir da segunda quinzena de setembro na maior parte do Brasil. Persiste a tendência de chuvas abaixo da média sobre a região central do país, segundo o Inmet. O mapa de previsão probabilística mostra que as precipitações nos próximos três meses tendem a ficar abaixo do normal não só na região central, mas também em pontos das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Apenas a região é que terá uma condição mais uniforme e com chuvas dentro da normalidade a acima do normal.

Quando a análise passa a ser feita utilizando o mapa de previsão de anomalias de precipitação em milímetros, que mostra quanto às chuvas podem ficar acima ou abaixo da normalidade, áreas centrais do país podem ter precipitações com até 50 milímetros abaixo da normalidade. Pontos de Mato Grosso, Pará, Tocantins e Nordeste chegam a ter até 100 mm. Para o mês de setembro, em áreas centrais do país, incluindo pontos de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as chuvas podem ficar até abaixo de 50 mm da média histórica. A situação é Minas Gerais também pode ser preocupante. Na região Sul, as chuvas ficam ligeiramente acima da média. Essa previsão de chuvas abaixo da normalidade sobre a maior parte do país ocorre porque este momento é marcado por uma fase de transição da estação seca, que abrange o inverno, para a estação chuvosa.

A partir de outubro as precipitações se estabilizam já com a atuação da primavera. A estação começa em 23 de setembro. Para o período até 15 de setembro, as chuvas até podem ocorrer na primeira quinzena do mês áreas do Sul de MS, SP e PR, mas depois cessam. Ainda assim, as chuvas nessas regiões produtoras não serão tão volumosas, conforme mostra o modelo de precipitação da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). Altos volumes de chuva acumulado no período, de até 150 milímetros, devem ocorrer mesmo sobre áreas da região Sul do Brasil, o que favorecerá bastante a condição para os produtores do Paraná. Apesar da previsão de chuvas volumosas para a região Sul em setembro, temos que ressaltar que a região Noroeste do estado do Paraná sempre tem característica mais parecida com a da região Centro-Oeste. Os mapas de precipitação do NOAA mostram que o Paraná receberá chuvas moderadas na primeira quinzena do mês de setembro.

O El Niño está enfraquecido neste final do inverno no Brasil e há possibilidade de que ele desapareça completamente durante a primavera. Portanto, o fenômeno não deve exercer impacto sobre a produção nos próximos meses. O El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Apesar do enfraquecimento do fenômeno climático, a tendência para os próximos meses ainda é de que o oceano permaneça com o viés aquecido, fazendo com que as características de um El Niño fraco sejam preservadas. Se a tendência de um viés mais aquecido no Oceano Pacífico Equatorial se confirmar, é possível que haja alguns impactos na agricultura brasileira, como temperatura acima da média nas regiões produtoras, atraso nas chuvas ou pancadas irregulares que, apesar de poderem ocorrer em forma de temporais, devem ser mal distribuídas. Fontes: National Centers for Environmental Prediction (NOAA) e INMET. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.