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23/Ago/2019

Dólar se aproxima dos R$ 4,10 mesmo com leilões

O dólar saltou mais de 1% ante o Real nesta quinta-feira, para o maior patamar em três meses, mais do que anulando a baixa das duas sessões anteriores, em novo dia de fraqueza para divisas emergentes em meio a dúvidas sobre a disposição do banco central dos Estados Unidos de cortar mais os juros. O dólar à vista fechou em alta de 1,15%, a R$ 4,0776. É o maior patamar desde 20 de maio. Na máxima intraday, a cotação bateu R$ 4,0821. O Real teve o pior desempenho entre as principais divisas emergentes nesta sessão, acompanhado na sequência por pares como peso mexicano, lira turca e rupia indiana. Nem mesmo a venda integral dos US$ 550 milhões em moeda física pelo Banco Central, depois de colocação parcial na véspera, conseguiu amenizar a pressão no mercado à vista. Por ora, o efeito dos leilões tem sido neutro, já que as saídas de recursos continuam fortes. Mas se espera uma gradual melhora dos fluxos no mercado spot conforme as operações do BC se estendam.

De toda forma, o cenário externo continuou com peso predominante na formação do preço do câmbio local. O dólar subiu forte contra várias divisas emergentes, com o mercado buscando a segurança da divisa norte-americana diante da possibilidade de o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, esfriar mais, nesta sexta-feira, expectativas de novos cortes de juros pelo Fed. O atual cenário de juros e crescimento em queda tradicionalmente prejudica moedas de juros comparativamente mais elevados – ainda o caso do Brasil, devido à sensibilidade desses mercados à percepção de risco. Nesse contexto, rand sul-africano, rublo russo, Real e rupia indonésia enfrentariam um risco maior de onda de vendas. Em queda de 6% em agosto, o Real amarga o segundo pior desempenho dentre 33 pares do dólar no mês, melhor apenas que o peso argentino, que desabou 20,6%. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.