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09/Ago/2019

Meio ambiente: ações do Brasil são questionadas

Apesar de optar por fazer uma análise mais geral sobre a situação do planeta, sem dar destaque para os países de modo individual, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), reclamou da forma como o governo brasileiro vem lidando com a Amazônia. Os pesquisadores membros do painel afirmaram que as mudanças que estão sendo feitas no Brasil no que se refere à gestão da Amazônia contradizem todas as mensagens apresentadas no relatório. O documento pela primeira vez focou em como a agropecuária, o desmatamento e outros usos da terra contribuem para o aquecimento global.

Os cientistas destacam que os setores contribuem com 23% das emissões de gases de efeito estufa do planeta. A perda da vegetação, por sua vez, faz o planeta absorver cada vez menos o CO2 em excesso na atmosfera, minando ainda mais sua capacidade de combater as mudanças climáticas em curso. Se esse problema não for atacado, não será possível evitar a crise climática. A redução do desmatamento, o aumento do reflorestamento e a redução das emissões da agropecuária são fundamentais para alcançar a meta de conter o aquecimento do planeta a menos de 2°C até o fim do século, como prevê o Acordo de Paris. Mas, essas ações também têm limite, uma vez que o aquecimento leva à degradação dos ecossistemas e à perda de produtividade agropecuária.

A situação brasileira não é citada especificamente no texto, mas com o desmatamento em alta, o País é alvo de questionamentos. Para o Observatório do Clima, o relatório passa dois recados para o governo brasileiro. Ao negar o aquecimento global e estimular o desmatamento da Amazônia, a administração de Jair Bolsonaro está “rasgando dinheiro”, já que o sistema alimentar será reorientado para atividades de baixo carbono que o Brasil tem potencial de liderar. Ao mesmo tempo, ao aderir à ideologia de Donald Trump, o presidente do Brasil desperdiça oportunidade de negócios, inovação e investimento nesse novo setor de uso da terra que o relatório do IPCC delineia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.