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09/Ago/2019

Inflação: índice avançou apenas 0,19% em julho

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta de 0,19% na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho foi a taxa mais baixa para o mês desde 2014, quando tinha subido 0,01%. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses pelo IPCA desacelerou de 3,37% em junho para 3,22% em julho, menor patamar desde maio de 2018, quando estava em 2,86%. Em julho de 2018, o IPCA foi de 0,33%. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma queda de preços de 0,25% em junho para uma leve alta de 0,01% em julho. A contribuição do grupo para a inflação saiu de -0,06% para 0,00% no período. Os custos da alimentação fora de casa subiram 0,15% em julho. Ao mesmo tempo, os alimentos para consumo no domicílio recuaram 0,06%. As famílias pagaram mais pela cebola (alta de 20,70% e contribuição de 0,03%), frutas (2,51% e 0,03%) e carnes (1,10% e 0,03%). Por outro lado, ficaram mais baratos o tomate (-11,28% e -0,04%), o feijão carioca (-8,86% e -0,02%), as hortaliças (-4,98% e -0,01%) e a batata inglesa (-3,68% e -0,01%).

A tarifa de energia elétrica teve uma alta de 4,48% em julho. O item deu a maior contribuição para a inflação do mês, 0,17%. A inflação foi toda de gastos com habitação, especialmente de energia elétrica. Todos os demais resultados de itens se anulam. O gasto das famílias com Habitação subiu 1,20% em julho, respondendo por todo o IPCA do mês, uma contribuição de 0,19%. A conta de luz, principal destaque da inflação no mês, passou a ter incidência em julho da bandeira tarifária amarela, que onera as contas em R$ 1,50 a cada 100 Kw/h consumidos. Além disso, houve reajuste nas tarifas de energia elétrica em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. São Paulo é a região que mais pesa no índice. Ainda no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto aumentou 0,73%, em decorrência de reajustes em Salvador, Goiânia, Porto Alegre e Recife. Em Fortaleza, houve redução em 2 de julho do reajuste concedido inicialmente em fevereiro, mas a redução foi cancelada uma semana depois.

Os combustíveis pesaram menos no bolso das famílias em julho, mas as passagens aéreas mais caras impediram uma queda maior no gasto com transportes. O grupo Transportes saiu de uma redução de 0,31% em junho para um recuo de 0,17% em julho. A contribuição do grupo para a inflação passou de -0,06% para -0,03% no período. Os preços dos combustíveis diminuíram 2,79% em julho, com destaque para a queda de 2,80% no litro da gasolina, item de maior impacto negativo sobre o IPCA do mês: -0,12%. O etanol ficou 3,13% mais barato em julho. O preço do óleo diesel caiu 1,76%, enquanto o do gás natural diminuiu 1,47%. Por outro lado, as passagens aéreas aumentaram 18,63%, um impacto de 0,08% no IPCA. O ônibus interestadual também subiu, 5,21%, e o ônibus urbano aumentou 0,10%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.