ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

06/Ago/2019

Agronegócio terá que atuar contra desmatamento

Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o agronegócio brasileiro deve liderar as campanhas contra o desmatamento ilegal. O desmatamento feito por madeireiros e grileiros “cola” no agronegócio” é preciso descolar as ações destes agentes da imagem do agronegócio. O setor deve ser parceiros do governo contra o desmatamento ilegal. O setor perde valor em suas exportações por causa do desmatamento e poderia estar se beneficiando das ações que desempenha em prol da preservação, como receber por serviços ambientais. O Brasil não evolui em relação ao pagamento por serviço ambiental. O setor precisa se comunicar melhor tanto com a comunidade internacional como com a nacional. De acordo com dados de uma pesquisa feita entre janeiro e julho deste ano sobre a imagem do agronegócio brasileiro expressa em postagens feitas pelo Twitter em 23 países, forma 103 mil postagens negativas sobre o setor, lidas por quase 145 milhões de pessoas.

Os temas que lideraram as discussões, conforme a pesquisa, foram desmatamento, liberação de defensivos, acordo União Europeia-Mercsoul e ameaças a povos indígenas. Quase 60% das críticas vem das mídias tradicionais e especializadas, e não de ONGs e mídias alternativas. Em sete meses, 145 milhões de pessoas leram algo ruim sobre agronegócio do Brasil no Twitter. A grande parte das detratações do Brasil vêm da Europa, mas quase empatado aparecem os Estados Unidos. Nessas publicações há menos engajamento e mais ciência, mais fontes. E para rebater isso só será possível com mais dados e fontes. A ideia seria pautar essas mídias de forma positiva. A entidade destacou ainda o crescimento do agronegócio nos últimos 40 anos. Mas, para continuar crescendo é preciso uma nova realidade econômica. O setor deve parar de esperar por subsídios e trabalhar sem eles. Com a Selic baixa atual, a entidade considera que não tem mais subsídios. Os subsídios são as ações de eficiência, de ação e de acesso ao mercado.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o agronegócio brasileiro precisa de harmonia e concertação para atingir seus objetivos. O agro tem a maior bancada no Congresso Nacional e precisa de ações integradas não só a favor do agronegócio, mas a favor do Brasil. Ela enfatizou que a pasta vem trabalhando para que o tema ambiental abra, e não reduza mercados para o Brasil. As ações positivas para o meio ambiente precisam ser conhecidas e reconhecidas internamente e no exterior. É preciso ampliar a comunicação no tema ambiental. Segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o setor agropecuário brasileiro deve adaptar seus discursos no exterior de acordo com o mercado. A comunicação deve ser diferente com diferentes países. O setor já deve se preparar para o Brexit, quando o Reino Unido deixar de fazer parte da União Europeia. O Reino Unido tem todos os seus contratos atrelados à União Europeia.

Quando o Reino Unido sair do bloco, não terá mais nenhum contrato e o Brasil deve aproveitar essa oportunidade. A entidade criticou o discurso europeu de que o agronegócio brasileiro polui e não é sustentável. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, convocou representantes do agronegócio brasileiro a “ganhar a guerra da comunicação". Segundo ela, é inadmissível que o agro tenha sido bombardeado pela mídia nacional falando que o alimento nacional é inseguro. A fila dos registros de defensivos tem andado rápido para trazer tecnologia e segurança, e não atraso. Para tentar desfazer a imagem dos agroquímicos que, conforme a ministra, vem sendo difundida pela mídia nacional, o Ministério da Agricultura promoverá nesta terça-feira (06/08) um café da manhã aberto à imprensa, do qual participarão especialistas e cientistas para tratar da segurança alimentar e dos defensivos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.