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02/Ago/2019

Amazônia: dados divergentes sobre desmatamento

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apresentou números para afirmar que parte do desmatamento identificado pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter) e divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em junho deste ano não ocorreu naquele mês, o que causou, de acordo com ele, um "sensacionalismo" nos dados. Jair Bolsonaro, por sua vez, defendeu que números altos deveriam ser submetidos ao alto escalão antes da divulgação. O Deter registrou uma área de desmatamento de 878,71 Km² em junho deste ano e emitiu 3.250 alertas de desmatamento no período.

Desse total, equipes do Ibama e do Inpe analisaram 493 Km², ou seja, 56% da área dos alertas. Números citados pelo ministro apresentam que o desmatamento de 31% da área analisada, ou seja, de 265 Km², não ocorreu em junho de 2019, como informado pelo sistema. Ele mostrou exemplos de algumas ocorrências de 2018 que não teriam sido computadas no período adequado. O Inpe detectou que houve um aumento de 88% no desmatamento em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo o ministro, devido às falhas no monitoramento, não é possível apontar qual foi o percentual real do período.

Para o presidente Jair Bolsonaro, o desmatamento é abaixo desse índice porque não se levou em conta áreas superpostas e recuperação vegetal ocorridas após ocorrências de desmatamento. Jair Bolsonaro afirmou que a divulgação dos dados sobre desmatamento feita pelo Inpe teve objetivo de prejudicar seu governo e a imagem do País no exterior. Ele defendeu que os servidores deveriam comunicar eventual número alarmante para o ministro do Meio Ambiente antes de divulgar os dados publicamente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.