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30/Jul/2019

Comércio global: incertezas com tensões comerciais

A Organização Mundial de Comércio (OMC) afirma que existe grande incerteza para o comércio global. O crescimento do comércio no mundo foi de 3,0% em 2018, pouco acima da alta de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) global no período, quando em 2017 o avanço do comércio havia sido de 4,6%. Essa perda de impulso é, em parte, devido à crescente tensão comercial e aos níveis historicamente altos de restrições ao comércio. O levantamento afirma que medidas restritivas ao comércio estão em alta. Além disso, o comércio continua a ser concentrado, com os dez maiores países nesse quesito ficando com 37% das transações globais. De qualquer modo, as economias em desenvolvimento têm tido papel cada vez mais importante no comércio mundial. O volume de mercadorias negociadas globalmente ficou em US$ 19,67 trilhões em 2018, com a China à frente entre os países negociantes.

O aumento nas exportações foi impulsionado sobretudo pelos altos preços de energia, enquanto a Ásia foi o principal contribuinte para um aumento nas importações globais. No quesito serviços, o valor das trocas comerciais no mundo ficou em US$ 5,63 trilhões em 2018, com os Estados Unidos liderando essas negociações. O crescimento do comércio e o do PIB no mundo desaceleraram em 2018 conforme aumentaram as tensões comerciais. A desaceleração econômica ocorreu em parte pelo aperto na política monetária, pela maior volatilidade financeira e por altas em tarifas sobre produtos muito negociados em grandes economias. As tensões comerciais parecem ter contribuído de modo significativo para a desaceleração. A Europa e a Ásia contribuíram mais para a desaceleração no crescimento das negociações de mercadorias em 2018.

Além disso, indicadores antecedentes sugerem um crescimento mais fraco do comércio no primeiro semestre de 2019. A Organização Mundial de Comércio (OMC) coloca o Brasil como uma das nações que têm se envolvido mais em cadeias globais de valor. Uma série de economias latino-americanas, como Colômbia, México, Brasil, Peru e Costa Rica, têm mostrado uma crescente participação em cadeias globais de valor (entre 2005 e 2015). Em 2018, os sete maiores exportadores de produtos agrícolas continuaram a ser os mesmos, liderados por União Europeia, Estados Unidos e Brasil. O País esteve ainda entre os maiores crescimentos nas exportações de produtos agrícolas no universo dos dez maiores exportadores agrícolas, com avanço de 6%. Além disso, a lista dos maiores fornecedores de soja de 2018 foi encabeçada pelo Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.