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03/Jul/2019

Mercosul-UE: preocupação com setores sensíveis

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) considerou uma grande vitória o acordo entre União Europeia e Mercosul, mas há setores que poderão ser prejudicados, caso do leite, e terão de ter apoio. É necessária uma política governamental que evite que cadeias produtivas tenham prejuízos de funcionalidade. É preciso criar um colchão de proteção, uma inteligência estratégica e governança agroindustrial. O Mercosul também precisa resolver problemas de assimetria tributária dentro do bloco.

Os setores de suco de laranja, frutas e carnes são os que devem ter ganhos de mercado com o acordo Mercosul-UE. Para carne bovina, por exemplo, o fato de estar presente no mercado europeu, certifica a qualidade do produto, e isto é um pressuposto para vender para o resto do mundo, o que é muito importante. Quanto ao leite, entretanto, existe preocupação. Ao mesmo tempo em que o Brasil abre mercado para o suco de laranja, será necessário produzir equilíbrio para que o produtor de leite não seja prejudicado.

Atualmente, a Argentina produz 13 bilhões de litros de leite, com 12.800 produtores, enquanto o Brasil produz 39 bilhões de litros de leite, com 1.250 milhão de produtores. A cadeia brasileira está espalhada e não há escala. É preciso encontrar um modelo de transição que estabeleça condomínios entre os pequenos para ter escala. Para isso, tem que ter assistência técnica, melhora da qualidade genética, manejo adequado, financiamento de longo prazo, para o produtor poder ser competitivo. Enquanto não houver isso, o governo deve protegê-lo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.