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01/Jul/2019

BRICS: maior parte da expansão global até 2030

No momento em que as equipes econômicas de todo o mundo voltam a sacar suas ferramentas para impulsionar o crescimento da atividade global, em marcha lenta, os BRICS preveem que responderão por mais da metade da expansão do planeta até 2030. A avaliação faz parte da declaração conjunta de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cujos presidentes se reuniram na sexta-feira (28/06), à margem da cúpula do grupo das 20 maiores economias do globo (G-20). Os países também enaltecem a Organização Mundial do Comércio (OMC) em tempos de guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas (Estados Unidos e China) e se comprometem com a plena implementação do Acordo de Paris. Assim como nas reuniões ministeriais do G-20, os BRICS também salientaram que o crescimento mundial aparenta passar por estabilização com retomada moderada ainda este ano e ao longo de 2020.

No entanto, o fortalecimento do crescimento continua altamente incerto, com o aumento das tensões comerciais e geopolíticas, volatilidade dos preços das commodities, desigualdade, crescimento inclusivo insuficiente e condições financeiras mais rígidas incrementando o risco. Os presidentes também salientaram que desequilíbrios globais continuam amplos e persistentes e requerem monitoramento minucioso e respostas políticas tempestivas. Foi enfatizada a importância de um ambiente econômico global favorável ao crescimento sustentável do comércio internacional, trouxe a declaração do grupo do qual faz parte a China, um dos países diretamente ligados ao imbróglio com os Estados Unidos. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil não tem lado na disputa e que está buscando harmonia, apesar de reconhecer que o País se beneficiou com a exportação de commodities no cenário de guerra comercial. Os países do BRICS têm sido os principais motores do crescimento global na última década e atualmente representam cerca de um terço do produto global, enfatizaram os líderes do grupo. Para o futuro, previram que reformas estruturais fortalecerão o potencial de crescimento.

A expansão equilibrada do comércio entre os membros do BRICS contribuirá ainda mais para o fortalecimento dos fluxos de comércio internacional. O grupo também concedeu bastante espaço no documento para apoiar a Organização Mundial do Comércio (OMC), que passa por um processo delicado e intrincado de reforma. Os cinco países afirmaram que o protecionismo e o unilateralismo são contrários ao espírito e às regras da OMC e reafirmaram o compromisso com o multilateralismo e o direito internacional. Eles deram também total apoio ao sistema multilateral de comércio baseado em regras, tendo a OMC como seu centro, numa postura bem diferente dos norte-americanos. Segundo eles, é imperativo que a agenda de negociações da OMC seja equilibrada e discutida de maneira aberta, transparente e inclusiva. Eles também pediram que o processo de seleção do Órgão de Apelação da Organização seja iniciado imediatamente. Este ano, a presidência dos BRICS caberá ao Brasil e a 11ª cúpula do grupo será realizada em novembro, em Brasília. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.