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05/Jun/2019

Banco Mundial reduz projeção do PIB para o Brasil

A lenta recuperação da economia nacional levou o Banco Mundial (Bird) a diminuir a previsão de crescimento do Brasil de 2,2% para 1,5% em 2019, uma das maiores reduções de estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) em nível internacional. Por outro lado, a instituição elevou um pouco a projeção de expansão do PIB para 2020, de 2,4% para 2,5%. Essas avaliações foram anunciadas no relatório Perspectivas Econômicas Globais, cujo título é "Tensões elevadas, investimentos limitados". A instituição multilateral prevê, ainda, que o PIB do País avançará 2,3% em 2021. O Banco Mundial aponta que, depois de o País ter registrado um incremento do PIB de 1,1% em 2018, o que contou com a redução das exportações para a Argentina, deve registrar leve aumento de velocidade na passagem de 2019 para 2020 devido à melhora das condições de crédito, elevação de salários reais e, em 2020, redução de incertezas políticas.

Não foram apresentados detalhes sobre o que seriam as dúvidas na área política e não houve manifestação em relação à aprovação ou não da reforma da Previdência pelo Congresso neste ano. A melhora gradual do PIB no próximo ano também estará vinculada ao aumento da confiança de famílias e empresários inclusive com condições de crédito menos apertadas, o que pode auxiliar no incremento de investimentos. As ponderações sobre o País foram realizadas no contexto de análise das perspectivas para a América Latina, cuja previsão para o PIB da região foi mantida em 1,7% para este ano, subiu de 2,4% para 2,5% em 2020 e deve atingir 2,7% em 2021.

A recuperação da América Latina ocorrerá pelo aumento do consumo dos cidadãos em uma conjuntura marcada por aumento das expectativas favoráveis para a economia, inflação estável e retomada da formação bruta de capital fixo pelas empresas. Deve haver redução das exportações líquidas em 2020 e 2021, com enfraquecimento da demanda externa. Para a Argentina, a estimativa é de que a economia deve registrar uma retração de 1,2% em 2019, mas terá uma expansão de 2,2% no próximo ano, enquanto prevê um ritmo moderado de alta do PIB do México de 1,7% neste ano e 2,0% no ano que vem.

As perspectivas para a América Latina estão sujeitas a predominantes riscos de redução de atividade emanados por fontes externas e internas, como piora de incertezas sobre a área política e medidas adotadas por governos, além de deterioração das disputas comerciais de grandes economias, um fator que poderia exercer influência negativa sobre exportações e investimentos. Um dos principais fatores de preocupação para a América Latina é uma redução acima do esperado do ritmo da demanda agregada dos Estados Unidos, com a perda de força dos estímulos fiscais e piora das condições de crédito do setor corporativo. Este risco é complementado pela possibilidade de desaceleração da atividade econômica da China. O país asiático se tornou o maior importador de produtos do Brasil, Chile, Peru e Uruguai, enquanto os Estados Unidos adquirem cerca de 80% das vendas de mercadorias e serviços do México e da América Central. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.