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04/Jun/2019

EUA e México iniciaram as negociações comerciais

Funcionários de alto escalão dos governos dos Estados Unidos e do México iniciaram conversas nesta segunda-feira (03/06) numa tentativa de reverter a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas a produtos mexicanos se o país não se esforçar para conter o fluxo de imigrantes ilegais que atravessam a fronteira. Donald Trump, que começou uma visita oficial de três dias ao Reino Unido, não vai participar das negociações. Na quarta-feira (05/06), delegações lideradas pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos e pelo ministro de Relações Exteriores do México terão reunião em Washington. No dia 30 de maio, Donald Trump ameaçou impor tarifas iniciais de 5% a importações vindas do México, a partir do dia 10 de junho.

A ideia é elevar as tarifas gradualmente até o patamar de 25%, em outubro, se o governo mexicano não resolver a questão da imigração ilegal. Donald Trump alega que o México obtém vantagem dos Estados Unidos há décadas, mas que essa situação irá acabar quando ele passar a tarifar produtos do país. Parlamentares do Partido Republicano alertam que a iniciativa do presidente pode atrapalhar esforços de atualizar o acordo comercial entra Estados Unidos, México e Canadá. Alguns congressistas norte-americanos consideram que a tarifa contra o México é um "erro" e é improvável que o presidente a adote. O subsecretário de Relações Exteriores do México para a América do Norte afirmou que as tarifas com que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou as importações do país vizinho são "uma enorme pedra no caminho" do processo de ratificação do acordo comercial Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) pelos órgãos Legislativos das três nações.

Segundo ele, as economias norte-americana e mexicana são complementares e tudo está ameaçado por essas tarifas, que convidam os produtores a olhar para outras direções. Ele alegou ainda que, se as tarifas de 5% de fato entrarem em vigor sobre todos os bens importados do México pelos Estados Unidos no dia 10 de junho, o efeito sobre os preços será muito maior para o consumidor norte-americano que para os mexicanos. Ele também criticou a adoção de tarifas comerciais para lidar com a situação da imigração ilegal, pois, se as tarifas entram em vigor, a economia do México se converte em uma economia menos forte, mais débil e, assim, passará a ter fluxos migratórios líquidos, o que não acontece hoje. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.