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31/Mai/2019

PIB do setor agroindustrial recua no 1º trimestre

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou os resultados do Índice de Produção Agroindustrial - PIM Agro Produção Física. O setor agroindustrial fechou o primeiro trimestre de 2019 em retração de 1,39% na produção, em comparação com igual período de 2018. A contração, entretanto, não é generalizada. O segmento de produtos não alimentícios encerrou o primeiro trimestre do ano com queda de 2,99%. Foi este o segmento que puxou a agroindústria para baixo. Em contrapartida, o segmento de produtos alimentícios e bebidas ficou praticamente estável, com leve expansão de 0,11%. A estabilidade só foi possível por causa da forte expansão do setor de bebidas (+5,05%), uma vez que o setor de produtos alimentícios apresentou retração de 1,37% no período.

A agroindústria teve melhor condição do que o restante da indústria, que apresentou, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), retração de 2,28% no primeiro trimestre do ano em comparação com 2018. Entretanto, esse segmento é fortemente influenciado pelo desempenho da economia brasileira como um todo que, por sua vez, continua em trajetória de desaceleração nesse começo do ano. De acordo com a Pesquisa Focus do Banco Central, a evolução das projeções do PIB brasileiro tem se deteriorado. A projeção para o primeiro trimestre de 2019 era de crescimento de 2,15% para a economia brasileira. No entanto, em 26 de abril (projeção mais recente disponível), a expectativa de crescimento era de apenas 1%.

Outra consideração feita no relatório é que como a agroindústria é um segmento industrial, ela também é afetada pela confiança do empresário industrial em relação às tendências econômicas. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV, no primeiro trimestre de 2019, se contraiu 2,91%, na comparação com igual trimestre de 2018. No mercado externo, os produtos agroindustriais brasileiros foram favorecidos pela desvalorização da moeda nacional no período, uma vez que a taxa de câmbio subiu 16,2%, passando de R$ 3,24 na média do primeiro trimestre de 2018 para R$ 3,77 (média do primeiro trimestre de 2019), funcionando como uma espécie de 'válvula de escape'. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.