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27/Mai/2019

OCDE: Brasil está bem posicionado para o acesso

O secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmou a mudança de posição norte-americana sobre o apoio ao Brasil para entrar na instituição, pois o País recebeu o apoio formal dos Estados Unidos para sua entrada. Segundo ele, o Brasil tem adotado uma posição "inteligente" ao continuar a apresentar adequação de seus processos e normas internos aos instrumentos da OCDE mesmo antes de um início formal de sua tramitação formal de ingresso na entidade. Um ponto que ainda está em discussão é sobre como colocar os seis países que fizeram o pedido e estão em diferentes fases do processo em exame. Além de Brasil, solicitaram a acessão Peru, Argentina, Croácia, Romênia e Bulgária.

Desses, o Brasil foi o último a solicitar, mas é o que reúne a maior quantidade de instrumentos já em linha com os padrões da OCDE. O ministro das Relações Exteriores do Brasil considerou importantíssimo o apoio dado formalmente pelos Estados Unidos em relação à solicitação do Brasil de fazer parte da entidade. Na avaliação do chanceler, a ação feita pelos Estados Unidos era a principal peça que faltava para que o Brasil possa começar o processo de adesão o quanto antes. A falta de apoio norte-americano era uma barreira para o processo, mas ainda há muitos trâmites a serem seguidos até que seja dado o sinal verde para a candidatura brasileira. Além de um entendimento sobre a forma como isso deve ocorrer, que sofre um impasse entre os Estados Unidos e Europa, há também outros cinco candidatos: Argentina e Romênia, que estão mais avançados no processo, além do Peru, Croácia e Bulgária.

Em termos práticos, a confirmação do apoio norte-americano foi o principal avanço. O ministro comentou que, junto com o apoio ao Brasil, foi retomado o processo de ampliação da OCDE, que estava estancado. Há o sentimento de que é uma coisa natural já começar a contar com o início do processo de adesão do Brasil. Houve todo tipo de apoio, de reconhecimento de que é um avanço que se espera, é algo que vai contribuir para a organização. A cúpula das 20 maiores economias do mundo (G-20) em Osaka, no Japão, no final de junho, foi apontada pelo ministro brasileiro como o próximo espaço para a discussão da ampliação da OCDE. Após anos sem ingresso de novos membros, há uma expectativa de que o impasse existente entre europeus e norte-americanos agora se resolva.

Os Estados Unidos não desejam ampliar a entidade, que conta com 36 membros, e a Europa não interfere no tamanho da instituição, mas quer sempre a adesão de um país do continente a cada ingresso de um membro de outra região. A expectativa é a de que essa discussão possa continuar. A percepção é de que existe, se não um consenso, um grande movimento no sentido de que a ampliação não deve ficar bloqueada por muito tempo. O ministro afirmou que não percebeu nenhum sinal negativo em relação ao Brasil. No caso da Europa, há uma preocupação com a questão do equilíbrio regional, que é um tema para ser discutido entre os membros atuais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.