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15/Mai/2019

China e EUA seguem com as tarifas e tensão cresce

O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) formalizou a proposta de impor tarifas de 25% sobre produtos chineses importados pelo país que ainda não sofreram barreiras pelos norte-americanos. O montante é de aproximadamente US$ 300 bilhões em produtos chineses que serão tarifados caso o USTR siga adiante com o procedimento. A audiência pública será feita no dia 17 de junho, enquanto comentários finais ocorrerão no dia 24 de junho. A lista final exclui produtos farmacêuticos, alguns produtos médicos, materiais raros e alguns minerais. Celulares e computadores, contudo, foram incluídos na lista de produtos a serem tarifados. O presidente dos Estados Unidos afirmou que fará um acordo com a China no momento certo e que será em breve. Segundo Trump, os Estados Unidos devem ser autorizados a compensar a perda de espaço para a China desde a formação unilateral da Organização Mundial do Comércio (OMC), onde a nação asiática tem algumas vantagens por ser um país em desenvolvimento.

Ainda segundo Trump, os produtores norte-americanos serão os grandes beneficiados com o que está acontecendo neste momento, pois deve haver mais exportações agrícolas no futuro, inclusive para a China. De outro lado, a China vai taxar alguns produtos norte-americanos em 25%. São itens de origem animal, frutas e legumes congelados e temperos. Para outros itens, como peças de veículos, equipamentos médicos e equipamentos agrícolas, como tratores, a tarifa será de 5%. O Conselho de Estado da China informou que aumentaria as tarifas de US$ 60 bilhões em bens dos Estados Unidos já sujeitos a impostos, para 10%, 20% e 25%, a partir de 1º de junho. A China indicou que as políticas dos Estados Unidos estão ameaçando a existência da Organização Mundial do Comércio (OMC) e submeteu ao painel do órgão multilateral uma série de queixas em uma proposta de reforma da OMC.

Sem citar os Estados Unidos, a China aponta que a tendência recente de práticas unilaterais e protecionistas desferiu golpes ao multilateralismo e ao sistema de livre-comércio e enfatizou que o abuso da exceção de segurança nacional, medidas unilaterais inconsistentes com as regras da OMC, bem como o uso indevido ou abusivo das medidas de reparação comercial existentes danificaram gravemente a ordem internacional de livre-comércio. Os chineses se referem ao bloqueio na nomeação de juízes de apelação da organização e a tarifas de segurança nacional sobre alumínio, aço e veículos, práticas que têm sido associadas aos Estados Unidos. De acordo com a China, "um certo membro da OMC" levantou unilateralmente barreiras comerciais e impôs tarifas de importação de forma arbitrária e sem autorização da organização multilateral. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.