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03/Mai/2019

Conectividade é muito baixa no setor agropecuário

As agtechs, como foram batizadas as startups e empresas de tecnologia para o agronegócio, caminham sozinhas no Brasil. Maior celeiro agrícola e pecuário do Hemisfério Sul, o País tem cerca de 300 companhias do tipo, com investimentos estimados em R$ 100 milhões ao ano, capazes de oferecer ao produtor qualquer tipo de serviço. Mas, a falta de conectividade nas fazendas e de integração dos dados gerados por diferentes dispositivos são os desafios dessas empresas. As startups serão responsáveis por gerar tecnologia para resolver quase todo o desafio de fazer o campo produzir cada vez mais para alimentar a humanidade no futuro. Não há mais área disponível para grandes expansões de produção e a mão de obra é cada vez mais escassa no setor. É preciso aumentar a produtividade e o caminho são essas empresas. Mas, os dados não são integrados e, no Brasil, apenas 14% das propriedades rurais têm conectividade.

Diante da lentidão ou da falta de interesse em levar a internet para o campo, já que 90% das propriedades do Brasil são pequenas e 67% dos produtores não utilizam tecnologias que dependam de conexão, as principais montadoras do setor assumiram uma das pontas desse problema e até montaram pools com outras empresas. Uma das iniciativas é o ConectarAgro, formado por grandes grupos do setor, como a CNH Industrial, a AGCO e a Jacto, com empresas de tecnologia e telefonia. Segundo a New Holland, uma das marcas da CNH Industrial, o projeto irá levar internet para as propriedades de um modo que realmente conecte tudo, seja simples, com um sistema aberto e acessível para o pequeno e grande agricultor. Além de lidar com os gargalos tecnológicos, as agtechs encaram novas e pontuais demandas do agronegócio brasileiro. Segundo a Ilegra, novos pedidos de soluções tecnológicas para a empresa vêm do setor de seguros agrícolas. Esse aquecimento coincide com a ideia do governo federal de drenar mais recursos para as seguradoras e menos para o crédito agrícola na próxima safra, a partir de julho.

Trazer soluções tecnológicas e financeiras para o agricultor motivou a criação da Inter Chains, companhia que trabalha com o conceito de blockchains, basicamente uma base de dados capaz de fazer o registro de operações monetárias, análises de dados, servir como um registro digital de negócios e até atuar na rastreabilidade de uma propriedade. A avaliação por meio do blockchain, com toda a cadeia integrada, é capaz de gerar um rating de um produtor, o que facilitará na hora de tomada de crédito, por exemplo. Até mesmo os antigos gargalos físicos do agronegócio em um País continental como o Brasil geraram oportunidades no setor. É o caso da Alluagro, startup que nasceu para fornecer serviços compartilhados de máquinas para produtores rurais, nos moldes do que já é oferecido por aplicativos de transportes em grandes cidades. É economia compartilhada, onde são conectados prestadores de serviços e produtores rurais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.