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03/Mai/2019

Governo poderá trazer riscos para o agronegócio

O presidente Jair Bolsonaro, um novo risco para o mercado de capitais, voltou a preocupar os investidores ao derrubar as ações do Banco do Brasil (BB) e dos maiores bancos privados nesta semana. O problema foi provocado pelo apelo que o presidente fez ao Banco do Brasil para que baixe os juros. Se o Banco do Brasil forçar a redução dos juros em seus empréstimos, as instituições privadas poderão ter de acompanhar essa política. Além disso, o presidente reafirmou aos produtores a disposição de atenuar a cobrança de padrões ambientais. Produtores e pecuaristas deveriam ter cuidado ao apoiar este tipo de postura, assim como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Cada palavra interpretável como compromisso de afrouxamento dos padrões ambientais fortalece o discurso protecionista nos grandes mercados. A política prometida pelo presidente e pelo ministro do Meio Ambiente já tem sido criticada por autoridades estrangeiras. Depois, com ou sem razão, organizações ligadas direta ou indiretamente à agropecuária fazem do ambientalismo um argumento contra a importação ou contra o consumo de produtos brasileiros. É bastante fácil passar do ambientalismo para as questões sanitárias. No mesmo discurso o presidente afirmou estar fazendo “uma limpa no Ibama e no ICMBio”. Mencionou também a tramitação, em breve, de um projeto para facilitar o uso de armas pelo produtor para sua defesa dentro da propriedade.

Além de falar sobre menos juros, menos fiscalização ambiental e mais armas na propriedade, o presidente citou projetos de obras e sua intenção de visitar a China. Segundo ele, a viagem deverá servir para corrigir sua imagem de “inimigo da China”. O presidente afirma que esta imagem foi criada pela mídia. O fato é que as declarações desastradas sobre a China, desde a campanha eleitoral, sempre foram públicas, assim como as de seu ministro de Relações Exteriores. Governos de países muçulmanos, grandes clientes do Brasil, também exibiram desconforto com algumas posições do atual governo. Esta postura do presidente é preocupante. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.