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24/Abr/2019

Fretes: reajuste atrelado ao diesel prejudica setor

A promessa de que a tabela de fretes será reajustada de acordo com as mudanças no preço do diesel, feita pelo governo federal a lideranças dos caminhoneiros, foi considerada desfavorável para o setor agropecuário. Segundo o Movimento Pró-Logística, o tabelamento em si já é prejudicial ao setor e a adoção de reajustes constantes dificultará ainda mais o fechamento de contratos antecipados para a venda de grãos. Neste cenário, se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a tabela como constitucional, as empresas que optam por montar frota própria vão comprar ainda mais caminhões.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a formação de frota própria pelas empresas agropecuárias é uma das principais preocupações dos caminhoneiros autônomos, pois reduz a demanda por transporte para escoamento da safra de grãos. A adoção de frota própria passou a ocorrer porque a comercialização de soja e milho é feita de maneira antecipada e, com a tabela de fretes, as tradings não sabem ao certo quanto pagarão pelo transporte da carga no momento da colheita. Ou a empresa joga um valor alto demais ou baixo demais para o contrato e pode sair prejudicada ou afetar negativamente o produtor rural.

Para o Movimento Pró-Logística, a decisão de aplicar reajustes na tabela atrelados aos avanços nos preços do diesel beneficia apenas os caminhoneiros e o ideal seria uma movimentação de valor relacionada à oferta e à demanda do mercado. Diante da situação, os representantes do setor agropecuário devem continuar participando das audiências públicas sobre o tabelamento de fretes para reiterar a preocupação do setor, que a acredita que a tabela não resolve o problema do caminhoneiro e complica a situação do produtor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.