24/Abr/2019

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, melhorar o programa de subvenção ao seguro rural será fundamental para dar mais segurança aos produtores rurais brasileiros. Ela reforçou, ainda, a intenção de ampliar para R$ 1 bilhão os recursos para subvenção ao prêmio do seguro rural na próxima safra, referente ao ciclo 2019/2020, o que dependerá de conversas entre sua pasta e o Ministério da Economia. De acordo com o Ministério da Agricultura, os produtores correm muitos riscos de perda de safra por causa de problemas climáticos. Assim, a ampliação dos recursos ajudaria a reduzir riscos embutidos nos financiamentos agrícolas e, com isso, reduzir também as taxas de juros do crédito rural.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também defendeu que o seguro rural é uma das principais ferramentas para estimular a transição para uma nova política agrícola do País. A participação do Estado é considerada fundamental para o desenvolvimento do mercado de seguro agrícola. Em quase todos os países que possuem seguro rural avançado, existe significativa participação do Estado no fomento desse instrumento de gestão. Nos Estados Unidos, mais de 90% das lavouras são cobertas por seguro rural, enquanto no Brasil apenas 12% da área agrícola possui esta ferramenta. Em 2018, apenas 42 mil produtores foram protegidos pelo programa de subvenção, dentro de um universo de 5 milhões de propriedades. Desde a sua criação, em 2006, o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) já pagou R$ 3,6 bilhões em indenizações.

Certamente o seguro rural evitou o endividamento e o abandono da atividade de muitos produtores. Essa é a importância de um mercado fortalecido. A atividade agropecuária segurada garante renda ao produtor, fomenta a atividade econômica dos municípios e promove o crescimento econômico para as sociedades locais. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) avaliou que uma política de seguro rural bem definida dará segurança ao produtor e será muito importante para uma política de financiamento da agropecuária. A Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) defendeu a busca por alternativas no mercado brasileiro que possam baratear o seguro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.