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23/Abr/2019

Nordeste: novo modelo de zoneamento climático

Um novo modelo de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a Região Nordeste começará a ser elaborado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O ponto de partida será a reunião técnica do projeto de pesquisa da Embrapa Avaliação de Riscos e Resiliência Agroclimática (Arra), nesta quarta-feira (24/04), na sede da Sudene, em Recife (PE). Na reunião serão debatidos e selecionados os sistemas de produção mais promissores para as áreas de maior vulnerabilidade e escassez de água por falta de chuva.

Os sistemas selecionados terão prioridade nas ações do ZARC, destacando suas vantagens para orientar e estimular sua adoção por produtores da região. As unidades da Embrapa no Nordeste, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) irão selecionar focos de atuação, sistemas de produção com maior potencial transformador e chances de obterem sucesso, bem como alternativas para geração de renda, emprego e sustentabilidade à agricultura da Região Nordeste.

Terão maior atenção as práticas agronômicas e alternativas viáveis levando em conta culturas solteiras (dedicadas de forma isolada à agricultura ou à pecuária), sistemas integrados, anuais e ou perenes (permanentes), associados a animais ou não, Integração lavoura, pecuária, floresta (ILPFs) e suas variações. Estão sendo reunidos conhecimento e casos de sucesso que reduzem o risco climático na produção agrícola na região e melhoram a renda do produtor. É preciso fortalecer os mecanismos que promovam o uso massificado dessas soluções e os programas e políticas do Mapa são fundamentais nesse processo, à medida que podem incentivar os sistemas de produção mais adequados.

A partir da criação de zoneamento específico para essas áreas ficará mais fácil obter financiamento agrícola e a proteção contra a quebra de safra pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Com isso, o ministério deve promover uma mudança gradual de culturas locais, muito vulneráveis ao clima, para sistemas de produção agropecuária menos sujeitos à seca e à falta de água. O Zoneamento de Risco determina a época mais adequada de plantio levando em conta o tipo de cultura, o solo de cada região e a indicação de risco envolvida na produção em cada decêndio (dez dias) para que o produtor faça o plantio no momento mais adequado, minimizando prejuízos pelo risco de problemas climáticos nas lavouras. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.