12/Dec/2025
A reunião ministerial para validar a versão final do Plano Clima foi adiada para a próxima semana. A reunião estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira às 17h no Palácio do Planalto com a participação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia, do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Nos bastidores, interlocutores afirmam que o adiamento da reunião, apesar do texto final estar pronto, reflete a complexidade do tema e articulações em andamento com os setores envolvidos. A última versão do plano foi alinhada ontem pelo subcomitê executivo do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). A versão final do documento dispõe de oito planos setoriais, dois a mais que o inicialmente apresentado em consulta pública.
O ajuste foi feito com a criação do setor de mudanças do uso da terra em áreas públicas e territórios coletivos e mudanças do uso da terra em áreas rurais privadas, relataram fontes que acompanham as tratativas. Os outros planos setoriais permanecem sendo agricultura e pecuária, indústria, energia, transportes, cidades e resíduos. Agora, os ministros tendem a pactuar a versão que será levada ao comitê. Para ser anunciado, o Plano Clima necessita de aprovação do CIM, formado por 23 ministérios. A expectativa é de que a reunião do comitê para aprovar a versão final do plano ocorra na próxima semana, antes do anúncio previsto pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O Plano Clima é uma política pública que estabelece estratégias para o cumprimento das metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Os planos setoriais, por sua vez, abrangem o balanço de emissões de carbono de cada área, a sua responsabilidade de redução e as atividades atribuídas a cada setor. Inicialmente, estava prevista uma cerimônia de lançamento do Plano Clima no âmbito da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), ocorrida no mês passado, em Belém (PA). Entretanto, um impasse em relação ao plano setorial da agricultura e pecuária quanto à alocação das emissões de carbono relacionadas ao desmatamento levou ao adiamento do anúncio e prolongamento das discussões. Agora, as Pastas chegaram a uma proposta de consenso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.