12/Dec/2025
De acordo com novos números do Registro Civil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou uma queda expressiva no número de nascimentos no ano passado. A queda ocorrida em 2024 superou as projeções: foi de 5,8% em relação ao ano anterior e a maior registrada desde o início dos anos 1990. Foram contabilizados 2.442.726 registros de nascimentos em cartórios no Brasil, 146.366 a menos do que em 2023. É o sexto ano consecutivo de queda da natalidade. A redução é maior do que a de 2020 (4,7%), quando o País enfrentava a pandemia de Xovid-19; e do que a de 2016 (5,1%), quando um surto de zika resultou no nascimento de crianças com má formação. Por Regiões, as quedas maiores foram em Sudeste (-6,3%), Norte (-6,2%) e Sul (-6,0%), Nordeste (-5,3%) e Centro-Oeste (-4,7%). Entre Estados, destaques para Acre (-8,7%), Rondônia (-8,6%) e Piauí (-8,2%), com os maiores recuos, e Paraíba (-1,9%), Alagoas (-2,4%) e Goiás (-3,0%), com casos menores.
O IBGE não sabe explicar exatamente por que a queda foi tão acentuada, pois isso ainda depende da divulgação de microdados do Censo 2022 que estão atrasados. Mas, o resultado segue a tendência da queda da natalidade (número de nascimentos), da redução da fecundidade (número de filhos por mulher) e do envelhecimento da população. De acordo com as projeções do próprio IBGE, em 2042 a população brasileira começará a diminuir. Outro fator é a redução da maternidade na adolescência (de 20,8% para 11,3%, nos últimos 20 anos) e o fato de muitas mulheres estarem adiando a maternidade. De fato, em 2004, cerca de 52% dos nascimentos eram de mães com até 24 anos de idade. Em 2024, essa proporção caiu para 34,6%. Ou seja, as mulheres estão esperando mais tempo para serem mães, o que pode alterar os indicadores momentaneamente. Mesmo assim, foram 267.446 nascimentos concebidos por mães com até 19 anos no País, considerando que a maternidade entre mulheres jovens pode ser um fator que dificulta sua permanência na educação formal.
Da mesma forma, os números do Registro Civil revelam um aumento significativo do número de mortes anuais. Em 2024 foi registrado um aumento de 4,6% nos óbitos, o que significa, em números absolutos, um acréscimo de 65.811 registros em relação a 2023. A expectativa de vida no País é de 76,6 anos. Considerando a natureza do óbito, em 2024, 90,9% das mortes foram classificadas como por causas naturais; 6,9%, por causas externas; e em 2,2% delas não foi possível obter informação. A alta ocorreu em todas as regiões. O aumento já era esperado e está ligado ao envelhecimento da população. Na comparação por sexo, foram registrados 815.608 mil óbitos masculinos e 678.372 femininos em 2024. A alta no número de óbitos masculinos em relação ao ano anterior foi de 4,2% e dos femininos, 5,0%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.