10/Dec/2025
O dólar voltou a subir no Brasil nesta terça-feira (09/12) após o senador Flávio Bolsonaro reiterar que sua candidatura à Presidência é “irreversível”, mas a divisa desacelerou os ganhos em meio às discussões em Brasília para votação de projeto que trata das penas dos condenados por tentativa de golpe. A moeda norte-americana fechou em alta de 0,35%, a R$ 5,44. No ano, porém, a divisa acumula perdas de 11,94%. Na segunda-feira (08/12), Flávio já havia dito em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que sua candidatura era irreversível.
Após os comentários, o dólar atingiu a cotação máxima intradia de R$ 5,49 (+1,37%), em meio à avaliação de que o senador é menos competitivo que Tarcísio de Freitas, o favorito do mercado, na disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois disso, porém, o dólar desacelerou, em movimento intensificado após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que o projeto de dosimetria das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro será votado na Casa. Em tese, o projeto poderia reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma das interpretações no mercado é a de que, se o projeto for aprovado, crescem as chances de Flávio Bolsonaro desistir da candidatura. O dólar atingiu a mínima de R$ 5,42 (-0,01%), para depois voltar a ganhar força e fechar em alta, ainda distante dos R$ 5,50.
Os investidores operavam também com foco na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano nesta quarta-feira (10/12), em meio à expectativa praticamente unânime de manutenção da taxa de juros em 15%, com o comunicado possivelmente trazendo indicações sobre as perspectivas para a reunião de janeiro. No exterior, o dia foi de expectativa antes da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta quarta-feira (10/12). O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,14%, a 99,211. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.