10/Dec/2025
As tensões entre Japão e China escalaram nos últimos dias, impulsionadas por incidentes militares e pelo aumento da presença naval chinesa no Pacífico Ocidental. Segundo a Reuters, Taiwan e Japão manifestaram preocupação após relatos de que a China mobilizou mais de 100 embarcações na região, na maior demonstração de força marítima até o momento. O clima se agravou no sábado (06/12), quando caças chineses J-15 intermitentemente travaram radar em aeronaves japonesas F-15 próximas a Okinawa, informou o Ministério da Defesa do Japão, que classificou o episódio como "extremamente lamentável" e "perigoso".
Os jatos japoneses mantiveram distância segura e não adotaram atitudes provocativas. A China, porém, acusa o Japão de assédio, afirmando que os exercícios haviam sido anunciados e que as aeronaves japonesas praticaram "assédio". O Ministério das Relações Exteriores da China endureceu o tom ao dizer que o Japão estaria "tentando explorar a questão de Taiwan para provocar problema e ameaçar a China militarmente", algo "completamente inaceitável". O Japão afirmou que a iluminação intermitente de radar é um ato perigoso que vai além do que é seguro e necessário e contestou a versão chinesa de que os treinamentos haviam sido previamente comunicados.
A intensificação do atrito ocorre enquanto o Japão reforça alianças regionais. A Austrália expressou apoio, dizendo estar profundamente preocupado com as ações da China. Ambos os países concordaram em aprofundar a cooperação militar. O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as manobras no Mar da China Oriental "cumpriram integralmente o direito internacional" e questionou por que os caças da Força de Autodefesa do Japão foram àquelas áreas criar um incidente que não deveria ter ocorrido. Segundo ele, ativar o radar de busca durante treinamentos é uma prática normal para garantir a segurança de voo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.