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09/Dec/2025

Dólar tem leve baixa com cenário político interno

Após a disparada da sessão anterior, o dólar chegou a oscilar abaixo dos R$ 5,40 nesta segunda-feira (08/12), mas o "risco Flávio Bolsonaro" reduziu o espaço para ajustes e fez a moeda norte-americana fechar com uma baixa leve. O dólar encerrou a sessão com leve queda de 0,23%, a R$ 5,42. No ano, a divisa acumula perdas de 12,25%. Na sexta-feira (05/12), o dólar fechou em alta de 2,34%, a R$ 5,43, após a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu seu filho Flávio para ser candidato à Presidência. O avanço foi consequência da avaliação de que, se Flávio for de fato candidato, o favorito do mercado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estará fora da disputa. Além disso, um cenário sem a candidatura de Tarcísio é visto como favorável à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No domingo (07/12), porém, Flávio Bolsonaro disse que há uma possibilidade de não ir até o fim na disputa eleitoral, mas que sua desistência teria um preço.

Especula-se que o preço poderia estar relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Neste cenário, o dólar marcou a cotação mínima intradia de R$ 5,38 (-0,88%), com investidores ajustando posições ante a perspectiva de uma desistência de Flávio Bolsonaro. No entanto, como nenhuma novidade neste sentido surgiu, os investidores seguiram demonstrando cautela com o cenário político. O dólar marcou a cotação máxima de R$ 5,46 (+0,63%), mas voltou ao território negativo até o fechamento, longe de compensar a forte alta de sexta-feira (05/12). Segundo a Dom Investimentos, a candidatura de Flávio Bolsonaro adicionou muito ruído. O mercado sentiu, não porque esse movimento muda fundamentos econômicos, mas porque virou o pretexto perfeito para uma correção que já era esperada depois da sequência intensa de queda do dólar e alta da bolsa. Quando Flávio Bolsonaro dá sinais de que pode desistir, o humor melhora.

No exterior, o dia foi de alta para o dólar ante a maior parte das demais divisas, com os investidores se posicionando antes da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta quarta-feira (10/12). O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,07%, a 99,087. O mercado precificava 87,4% de probabilidade de corte de 25 pontos-base de juros pelo Federal Reserve, contra 12,6% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch. No Brasil, a expectativa quase unânime é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha a taxa básica Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (10/12). O diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tem sido apontado como um dos principais fatores para o dólar ter se mantido em níveis mais baixos nas últimas semanas, entre R$ 5,30 e R$ 5,40. O Banco Central vendeu 50.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.