08/Dec/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 0,48% em outubro. A taxa de setembro foi revisada, de queda de 0,25% para recuo de 0,24%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou uma queda de 4,33% no ano e redução de 1,82% em 12 meses. Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 0,69% em outubro, após alta de 0,52% em setembro. A indústria de transformação registrou uma redução de 0,47% em outubro, ante um recuo de 0,27% em setembro. A queda de 0,48% IPP de outubro foi o nono mês consecutivo de deflação no indicador. Houve reduções em fevereiro (-0,12%), março (-0,60%), abril (-0,12%), maio (-1,21%), junho (-1,27%), julho (-0,31%), agosto (-0,21%) e setembro (-0,24%).
Como consequência, o IPP acumulou redução de 4,33% no ano. Nesta leitura, houve variações negativas em 11 das 24 categorias pesquisadas. A queda mais intensa foi registrada em produtos químicos (-2%), com uma contribuição negativa de 0,16% para o índice. A principal contribuição de baixa, porém, partiu dos alimentos (-0,36%). A queda acumulada do IPP no ano até aqui, de 4,33%, é a segunda menor de toda a série histórica, iniciada em 2014. O panorama reflete principalmente esse comportamento benigno dos alimentos. Um fator importante nesse movimento é o câmbio: a despeito da depreciação do Real frente ao dólar na passagem de setembro para outubro (0,3%), houve, nos primeiros dez meses do ano, uma apreciação do Real de 11,7%. Além disso, é um período de safra de produtos que são matéria-prima importante: cana-de-açúcar, soja e arroz. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.