08/Dec/2025
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou atualizações sobre o fenômeno La Niña e os efeitos esperados para os próximos meses. O fenômeno consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas das águas da superfície do Oceano Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental, provocando mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva. Anos sob influência do La Niña tendem a ser mais frios. Apesar disso, a OMM destaca que nos próximos meses esse padrão pode ser diferente do esperado. De dezembro deste ano até fevereiro de 2026, a maior parte do Hemisfério Norte e extensas áreas do Hemisfério Sul devem registrar temperaturas acima da média. As chuvas devem seguir padrões típicos de um ano de La Niña fraco, com o registro de algumas regiões mais secas e outras mais úmidas.
O estado de São Paulo, por exemplo, enfrenta, em 2025, períodos com volumes de chuva abaixo da média. Os 22 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo já convivem com restrições no abastecimento, com menos água entre as 19 horas e as 5 horas. Há 55% de probabilidade de que um La Niña fraco esteja ativo entre os meses de dezembro deste ano e fevereiro de 2026, influenciando os padrões climáticos em várias partes do planeta. Segundo os Centros Globais de Previsão Sazonal da organização, os indicadores oceânicos e atmosféricos observados em meados de novembro apontam condições limítrofes de La Niña. Para os meses seguintes, até abril de 2026, a probabilidade de retorno a condições neutras do ENSO (El Niño-Southern Oscillation) aumenta gradualmente, chegando a 75% entre fevereiro e abril. A ocorrência de um El Niño nos próximos meses é considerada pouco provável pela organização.
Para aliviar a crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) está buscando água a 60 quilômetros da capital. Na semana passada, teve início o bombeamento de 2,5 mil litros de água por segundo da Bacia do Rio Itapanhaú, na Serra do Mar, até o Sistema Alto Tietê. A nova captação aumenta em 17% a disponibilidade de água na segunda maior fonte de abastecimento da Grande São Paulo, atrás só da Cantareira. A obra foi antecipada em seis meses. A entrega estava prevista para junho de 2026. Para a operação antecipada, a Sabesp instalou 11 geradores que acionam as bombas de recalque. A retirada ocorre no Ribeirão Sertãozinho, um dos formadores do Rio Itapanhaú, colado ao Parque Estadual da Serra do Mar. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, trata-se de uma área de preservação ambiental que exigiu soluções de engenharia, como um túnel de 500 metros escavado na montanha. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.