05/Dec/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta 0,1% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB apresentou alta 1,8% no terceiro trimestre de 2025. O PIB do terceiro trimestre de 2025 totalizou R$ 3,2 trilhões. No terceiro trimestre de 2025, o PIB brasileiro alcançou o maior patamar da série histórica iniciada em 1996. No terceiro trimestre de 2025, pelo lado da oferta, o PIB de Serviços também alcançou patamar recorde. O PIB da Agropecuária opera 1% abaixo do patamar recorde no primeiro trimestre de 2025, quando o resultado foi impulsionado pela colheita de soja. Ainda assim, o ano do setor é positivo. O ano da agropecuária está sendo muito bom, 2025 é o ano de safras recordes. Teve aumento de exportações de soja para a China. Já o PIB da indústria está 3,4% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013.
A indústria de transformação também opera em patamar 15,2% aquém do pico alcançado no terceiro trimestre de 2008. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias e o consumo do governo alcançaram novos ápices da série histórica. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) ainda estava 8,6% abaixo do pico da série alcançado no segundo trimestre de 2013. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária subiu 0,4% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB da agropecuária mostrou alta de 10,1%. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB da indústria mostrou alta de 1,7%. O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB de serviços mostrou alta de 1,3%.
O consumo das famílias subiu de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o consumo das famílias mostrou alta de 0,4%. O consumo do governo, por sua vez, subiu 1,3% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o consumo do governo mostrou alta de 1,8%. As exportações cresceram 3,3% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, as exportações mostraram alta de 7,2%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, subiram 0,3% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, as importações mostraram alta de 2,2%. A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.
O avanço de 0,1% no PIB do terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2025 teve contribuição positiva do setor externo, assim como da demanda interna. As exportações superaram as importações. A pesquisadora lembra que a contribuição positiva da demanda doméstica ocorreu, porém arrefeceu em relação aos trimestres anteriores. Já a contribuição da demanda externa melhorou. Até porque no trimestre anterior a demanda externa estava com contribuição negativa, agora está positiva. O efeito do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros foi bem abaixo do que era esperado nas exportações. O impacto do tarifaço acabou ficando mais localizado, limitado a alguns segmentos exportadores mais específicos, como madeira. Além disso, os exportadores brasileiros conseguiram buscar outros mercados. No terceiro trimestre, quando o tarifaço entrou em vigor, o Brasil aumentou as exportações das indústrias extrativas e da agropecuária.
Teve aumento de exportações de soja e carne bovina para a China. O tarifaço teve efeito sobre o PIB, mas pequeno e difícil de mensurar individualmente. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 0,9% no terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2025. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, a FBCF mostrou alta de 2,3%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do terceiro trimestre de 2025 ficou em 17,3%. A taxa de poupança ficou em 14,5% o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2025. Em meio à política monetária contracionista, setores menos sensíveis ao ciclo de alta nos juros impulsionaram o crescimento da atividade econômica. No terceiro trimestre de 2025 ante igual período de 2024, mais da metade da elevação de 1,8% PIB foi calcada no desempenho positivo das indústrias extrativas e da agropecuária. As extrativas e agropecuária respondem por 11% da economia. Por terem crescido dois dígitos, na parte interanual elas estão respondendo por pouco mais da metade do crescimento da economia.
As indústrias extrativas tiveram expansão de 11,9% no terceiro trimestre de 2025 ante o terceiro trimestre de 2024, e a agropecuária subiu 10,1%. A atividade com pior desempenho foi a de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, com recuo de 1,0%. Houve acionamento de bandeiras tarifárias, devido ao custo mais elevado de produção de energia. Eletricidade e água ficaram negativos, mas não pelo lado do consumo, foi mais pelo lado dos custos mais altos. O IBGE revisou o PIB do segundo trimestre de 2025 ante primeiro trimestre de 2025, que passou de 0,4% para 0,3%. Também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, que passou de 1,3% para 1,5%. Na revisão do quatro trimestre de 2024 ante terceiro trimestre de 2024 de 0,1% para -0,1%. Na revisão do terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024, o resultado passou de 0,8% para 0,9%. O IBGE manteve o PIB de 2024 com alta de 3,4%, mas revisou outros resultados, entre eles, o PIB agropecuário, que passou de -3,2% para -3,7%.
O PIB industrial passou de 3,3% para 3,1% em 2024. Na revisão do PIB de Serviços de 2024, o resultado passou de 3,7% para 3,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi revista de 7,3% para 6,9%. Em relação ao consumo das famílias, o agregado de 2024 passou de 4,8% para 5,1%. As importações no período foram revisadas de 2,9% para 2,8%. Já as importações de 2024 de 14,7% para 15,6%. Segundo a ASA, o PIB do terceiro trimestre de 2025, na margem, confirma a desaceleração da atividade, a despeito da injeção de renda via precatórios. O fato de esse estímulo ter gerado apenas uma resposta moderada mostra que a economia vem perdendo tração, especialmente no consumo das famílias, onde o efeito defasado de uma política monetária significativamente mais apertada já aparece com mais clareza. O PIB avançou 0,1% no terceiro trimestre na margem, após alta de 0,4% nos três meses anteriores. O crescimento veio abaixo da mediana das projeções de 0,2%.
As estimativas iam de retração de 0,5% a expansão de 0,4%. A dinâmica continua sustentada por agro e petróleo, enquanto indústria de transformação e serviços ligados à demanda doméstica exibem sinais crescentes de cansaço. Adicionalmente, ele aponta que a revisão das séries indica que o início de 2025 foi mais forte do que inicialmente divulgado, mas isso não altera o quadro de que o ano segue marcado por arrefecimento ao longo dos trimestres. À frente, a expectativa é de moderação da atividade no quarto trimestre de 2025, visto que os indicadores antecedentes sugerem que outubro foi um mês de atividade mais fraca. Novembro, em contrapartida, dá sinais ainda incipientes de uma retomada parcial, favorecida pela Black Friday, algo visto como pontual e que não altera a tendência para a economia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.