04/Dec/2025
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o endividamento bateu recorde no agronegócio neste ano. Em um ano, o endividamento do agro passou de 3,54% em financiamentos a taxas livres para 11,4% em outubro deste ano. Esse é o maior valor da série histórica, desde março de 2017 quando atingiu 5,91%. O produtor rural vive um momento crítico em relação ao endividamento. Houve uma “tempestade perfeita” de vários fatores negativos ao mesmo tempo que afetaram o agronegócio nos últimos anos. Entre os fatores, a queda abrupta dos preços das commodities agrícolas, os eventos climáticos extremos, a queda na área coberta por seguro rural de 14 milhões de hectares para 3 milhões de hectares e a restrição de crédito rural após exigência de maior provisionamento de ativos problemáticos pelas instituições financeiras.
Não há uma solução única para resolver esse problema. A CNA defende aperfeiçoamento de leis existentes como a lei sobre recuperação judicial, de 2020. A lei é clara em muitos aspectos não têm sido levados em conta pelo Judiciário na aplicação. Hoje, se criou uma indústria da RJ, com fomento a essa prática, o que atrapalha produtores que desconhecem os mecanismos e alguns terão prejuízos futuramente. Entre os pontos a serem aperfeiçoados, pode-se citar a essencialidade dos bens, a forma de escolha do administrador judicial e o tempo da resolução, que se estende em relação ao máximo de dois anos previstos em lei. Não há necessidade de revisitar a lei, mas aperfeiçoamento dos mecanismos, visto que lei já existe. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.