02/Dec/2025
A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica variabilidade em relação à chuva no Brasil durante o mês de dezembro de 2025. Em grande parte da Região Sul, as estimativas indicam chuva abaixo da média. De outro modo, em diferentes áreas das Regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste, são previstos volumes acima da média. Para Região Norte, são previstos volumes de chuva até 50 mm acima da média histórica em grande parte do centro-sul e centro-norte do Amazonas, centro-sul de Tocantins, maior parte do Pará e praticamente todo o Amapá. Em algumas áreas de Tocantins e Amapá, são previstos volumes até 150 mm acima da média do período. Por outro lado, são previstos volumes abaixo da média climatológica em quase todo o Acre, oeste do Amazonas e centro-sul do Pará. Nas demais áreas da região, o prognóstico indica valores próximos à média climatológica de dezembro. Para a Região Nordeste, prevê-se chuva acima da média histórica de dezembro em praticamente todo o estado da Bahia e Piauí, enquanto o restante da região deve apresentar volumes de chuva próximos à média climatológica do período.
De outro modo, chuva abaixo da média histórica é prevista apenas para áreas isoladas do norte do Maranhão. Para Região Centro-Oeste, são previstos volumes de chuva acima da média em praticamente todo o estado de Goiás, bem como no oeste do Mato Grosso e leste do Mato Grosso do Sul. Por outro lado, prevê-se chuva abaixo da média na porção central do Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul. Para a Região Sudeste, são previstos volumes acima da média em praticamente todo o estado de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, bem como grande parte de São Paulo. Prevê-se chuva próxima à média em praticamente todo o estado do Espírito Santo. Para a Região Sul, são previstos acumulados abaixo da média histórica em praticamente toda a região. Prevê-se chuva abaixo da média para todo o estado do Rio Grande do Sul (com volumes até 75 mm abaixo da média no oeste do Estado), bem como na maior parte de Santa Catarina e oeste do Paraná. A previsão indica que as temperaturas devem ficar acima da média em quase todo o País.
Para a Região Norte, são previstas temperaturas até 1,5°C acima da média, especialmente no sudeste do Pará, na divisa com Tocantins, onde as temperaturas podem variar entre 25°C e 32,5°C. Algumas partes da Região Norte, como o Amapá, o oeste do Amazonas e o noroeste do Pará, indicam desvios dentro da média ou negativos, de até -0,4°C. Na Região Nordeste, a previsão é de temperaturas acima da média em todos os Estados, principalmente no sul do Piauí, onde os desvios podem chegar a 1°C acima da média e os valores podem ultrapassar 27°C. Mesmo em áreas próximas ao litoral, as temperaturas devem ser elevadas, oscilando entre 25,0°C e 27,0°C. Em grande parte do Rio Grande do Norte, norte da Paraíba e norte do Piauí, a previsão indica temperaturas dentro da média. Na Região Centro-Oeste, devem prevalecer temperaturas médias acima da climatologia do mês, com maiores elevações no norte e leste de Mato Grosso, assim como na porção central de Mato Grosso do Sul, onde os desvios podem chegar a 1,5°C.
Para a Região Sudeste, as temperaturas médias podem ficar acima de 20°C, com menores valores ocorrendo principalmente em áreas do leste de Minas Gerais e temperaturas mais elevadas previstas para a parte oeste de São Paulo, norte de Minas Gerais e todo o estado do Espírito Santo, com desvios de até 1°C nessas regiões. Na Região Sul, podem ocorrer temperaturas dentro da média no centro-oeste do Paraná, na divisa com Santa Catarina, na faixa litorânea de Santa Catarina e no sul do Rio Grande do Sul. Na região central de Santa Catarina e em grande parte do Paraná, os desvios de temperatura podem ficar até 1°C acima da média, com valores superiores a 18°C. Na Região Norte, o prognóstico climático para dezembro de 2025 indica elevação das temperaturas do ar em grande parte do território, acompanhada de precipitações abaixo da normalidade no sudoeste e nordeste do Pará, no oeste e centro do Amazonas e no oeste do Acre. Essas condições podem aumentar o risco de déficit hídrico, afetando principalmente as culturas permanentes, como o cacau, açaí e a fruticultura tropical.
A limitação de umidade no solo pode reduzir a taxa de frutificação, o tamanho e o peso dos frutos, além de comprometer a qualidade das amêndoas de cacau, especialmente em áreas já suscetíveis ao estresse térmico. Por outro lado, no centro-norte do Amapá, no extremo norte e sul do Amazonas, no Baixo Amazonas e no sudeste do Pará, a previsão de chuvas acima da média tende a favorecer o desenvolvimento vegetativo e a reposição hídrica, criando condições propícias ao crescimento das culturas e a recuperação das pastagens. Na Região Nordeste, a previsão de chuvas acima da média, associada a temperaturas mais elevadas em grande parte da região, tende a favorecer os cultivos em desenvolvimento no mês de dezembro, especialmente feijão, milho e a fruticultura irrigada. Para as lavouras de feijão e milho em fase de enchimento de grãos, o aumento das chuvas deve assegurar adequado suprimento hídrico, contribuindo para maior uniformidade dos grãos e redução de perdas por estresse térmico.
Na Região Centro-Oeste, a previsão de chuvas e temperaturas acima da média tende a favorecer o avanço do desenvolvimento das culturas de soja e milho da safra de verão (1ª safra 2025/2026) que se encontram em fase vegetativa, avançando para florescimento nas áreas semeadas mais cedo. Entretanto, em áreas com volume de chuvas abaixo da média, sobretudo no norte de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, pode haver períodos curtos de restrição hídrica, aumentando o risco de estresse hídrico nas fases iniciais do ciclo, especialmente para lavouras implantadas tardiamente. Além disso, a combinação de temperaturas elevadas e alta umidade, típica do período, pode intensificar a pressão de pragas e doenças foliares. Na Região Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média, associadas a temperaturas superiores à média, o que tende a favorecer a semeadura e o estabelecimento inicial dos cultivos de verão, como soja, milho e feijão, sobretudo nas áreas com maior disponibilidade hídrica. Esse cenário contribui para a adequada reposição da umidade do solo, condição essencial para culturas perenes como café e cana-de-açúcar.
Na Região Sul, a previsão de chuvas abaixo da média em grande parte do território, associada ao aumento das temperaturas, especialmente no centro-norte do Paraná, tende a favorecer o estágio final de desenvolvimento das culturas de inverno, bem como operações de colheita. A menor umidade reduz a incidência de doenças fúngicas, enquanto as temperaturas mais elevadas aceleram a maturação dos cultivos de verão. Ainda, a cidade de Barra do Garças (MT) passou a integrar a expansão da rede de monitoramento meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A nova estação automática já está instalada e começou a transmitir dados nesta segunda-feira (1°/12), com atualizações de hora em hora diretamente no portal do Inmet. A chegada do equipamento fortalece o sistema nacional de observação meteorológica e amplia a cobertura no estado de Mato Grosso, aumentando a capacidade de coleta de informações essenciais para a defesa civil, o planejamento agrícola, estudos climáticos e demais atividades que dependem de dados confiáveis e atualizados.
Outro conjunto de equipamentos está previsto para o próximo ano, o que ampliará ainda mais a rede no Estado e aprimorará a qualidade e a frequência dos registros meteorológicos. Os dados gerados serão públicos, gratuitos e atualizados de hora em hora. Qualquer pessoa, instituição ou setor produtivo poderá acessar as informações diretamente no portal do Inmet. A instalação da estação em Barra do Garças contou com a parceria da prefeitura do município, que disponibilizou o espaço e a infraestrutura necessária para receber o equipamento. A cooperação permite que a cidade integre o sistema nacional, beneficiando também toda a região e fortalecendo a capacidade de monitoramento climático de Mato Grosso. O Estado já conta com outras estações automáticas do Inmet. A unidade instalada agora integra a nova leva de equipamentos implementados em 2025, ampliando a capilaridade da rede e reforçando o compromisso do governo federal com a modernização e a democratização do acesso às informações meteorológicas. O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.