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01/Dec/2025

Brasil: taxa de desemprego renova o piso histórico

De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (28/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,2%. No trimestre móvel até setembro, a taxa de desocupação estava em 5,6%. A taxa de desemprego no País voltou a renovar o piso histórico, descendo de 5,6% no trimestre terminado em setembro para 5,4% no trimestre encerrado no trimestre até outubro. Essa taxa de desocupação representa uma queda tanto em relação ao trimestre anterior e na comparação anual. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.528,00 no trimestre encerrado em outubro. O resultado representa alta de 3,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 357,3 bilhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 5,0% ante igual período do ano passado.

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 16,903 bilhões no período de um ano, para R$ 357,3 bilhões, uma alta de 5,0% no trimestre encerrado em outubro ante o trimestre terminado em outubro de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em julho, a massa de renda real subiu 0,9%, com R$ 3,292 bilhões a mais. O País registrou crescimento de 118 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 102,555 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 926 mil pessoas. A população desocupada diminuiu em 207 mil pessoas em um trimestre, totalizando 5,91 milhões de desempregados no trimestre até outubro. Em um ano, 788 mil pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 108,465 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro, 89 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 138 mil pessoas.

O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, passou de 58,8% no trimestre encerrado em julho para 58,8% no trimestre até outubro. No trimestre terminado em outubro de 2024, o nível da ocupação era de 58,7%. O trimestre encerrado em outubro mostrou uma abertura de 68 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em julho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 927 mil vagas foram criadas no setor privado. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,182 milhões de trabalhadores no trimestre até outubro, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,605 milhões de pessoas, 135 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até outubro de 2024, foram criadas 550 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria perdeu 34 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,903 milhões de trabalhadores.

O resultado representa 771 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores aumentou em 74 mil em um trimestre, para 4,225 milhões de pessoas. Em relação a outubro de 2024, o total de empregadores encolheu em 0,6%, número que representa um recuo de 28 mil empregadores. O País teve uma queda de 98 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,547 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 361 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 22 mil pessoas a mais no trimestre terminado em outubro ante o trimestre encerrado em julho, para um total de 12,905 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até outubro de 2024, foram abertas 298 mil vagas. O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 37,8% no mercado de trabalho no trimestre até outubro. O Brasil alcançou 38,809 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período.

Em um trimestre, mais pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais: houve crescimento de 48 mil trabalhadores nesta situação no período. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,5% no trimestre até outubro de 2025, ante 4,5% no trimestre até julho. Em todo o Brasil, há 4,572 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até julho para o trimestre até outubro, houve um aumento de 6 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 461 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. No trimestre terminado em outubro, faltou trabalho para 15,775 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 14,1% no trimestre até julho para 13,9% no trimestre até outubro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até outubro de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 15,4%. A população subutilizada caiu 2,0% ante o trimestre até julho, 325 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até outubro de 2024, houve um recuo de 10,1%, menos 1,768 milhão de pessoas. O Brasil registrou 2,647 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em outubro. O resultado significa 49 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em julho, um recuo de 1,8%. Em um ano, 352 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 11,7%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O total de pessoas em busca de uma vaga no País somou 5,910 milhões no trimestre até outubro, menor contingente de toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE. Ao mesmo tempo, a população ocupada alcançou o maior patamar da série histórica: 102,555 milhões no trimestre encerrado em outubro. Na passagem do trimestre encerrado em julho para o trimestre terminado em outubro, foram absorvidos mais 118 mil trabalhadores e 207 mil pessoas deixaram o desemprego. A melhora teve ajuda de um aumento na inatividade, 425 mil pessoas a mais nessa condição. O nível da ocupação não avançou, mas se manteve no patamar recorde de 58,8%. Seis das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em outubro. Na passagem do trimestre terminado em julho para o trimestre encerrado em outubro, houve redução na ocupação em serviços domésticos (-79 mil), indústria (-41 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (-133 mil), outros serviços (-156 mil), comércio (-162 mil) e transporte (-1 mil).

Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (252 mil), agricultura (150 mil), alojamento e alimentação (87 mil) e construção (192 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações na indústria (163 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (711 mil trabalhadores a mais), construção (40 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras (243 mil), transporte (223 mil), agricultura (120 mil). Houve demissões no comércio (-6 mil), alojamento e alimentação (-52 mil), outros serviços (-203 mil) e serviços domésticos (-336 mil). A massa de salários em circulação na economia renovou patamar recorde no trimestre encerrado em outubro, totalizando R$ 357,265 bilhões. O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 16,903 bilhões no período de um ano, alta de 5,0% no trimestre encerrado em outubro de 2025 ante o trimestre terminado em outubro de 2024.

Na comparação com o trimestre terminado em julho de 2025, a massa de renda real cresceu 0,9% no trimestre terminado em outubro, R$ 3,292 bilhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,8% na comparação com o trimestre até julho, R$ 27,00 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,9%, R$ 131,00 a mais. A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,3% no trimestre terminado em outubro ante o trimestre encerrado em julho. Na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2024, houve elevação de 9,0% na renda média nominal. O País registrou novo recorde no número de trabalhadores atuando com carteira assinada no setor privado no trimestre terminado em outubro. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado avançou a 39,182 milhões de trabalhadores, 68 mil vagas a mais em um trimestre.

Em um ano, esse contingente cresceu em 927 mil pessoas. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,605 milhões. O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,903 milhões. O montante trabalhando no setor público ficou em 12,905 milhões de pessoas. No trimestre encerrado em outubro, a taxa de desocupação retomou a trajetória de queda, inaugurando novo piso histórico, aos 5,4%, após manter-se no patamar mais baixo até então, de 5,6%, nos três trimestres móveis anteriores, aqueles terminados em julho, agosto e setembro. Essa taxa de desocupação representa uma queda tanto em relação ao trimestre e na comparação anual. É a menor estimativa de toda a série histórica da pesquisa. Nos últimos meses, teve três trimestres móveis com taxas semelhantes. Era a menor taxa até então, mas se reprisou nos últimos três trimestres móveis. E agora, quando se imaginava uma estabilidade nessa sequência de valores a atingir, teve redução ainda, chegando a 5,4%.

O total de pessoas em busca de uma vaga no País somou 5,910 milhões no trimestre até outubro, menor contingente de toda a série histórica. Na passagem do trimestre encerrado em julho para o trimestre terminado em outubro, foram absorvidos mais 118 mil trabalhadores, e 207 mil pessoas deixaram o desemprego. Toda essa trajetória do indicador está associada a uma menor procura por trabalho. Em alguns momentos essa menor taxa estava associada a um aumento importante no número de trabalhadores. Mas, nesse trimestre específico, mesmo sem ter uma expansão significativa muito grande da ocupação, ainda assim teve redução da taxa. Isso indica para uma manutenção do contingente de trabalhadores em patamar elevado, embora sem variação estatisticamente significativa. O nível da ocupação não avançou, mas se manteve no patamar recorde de 58,8%.

O ano de 2025 indica um mercado de trabalho com capacidade de manutenção dos ganhos aprofundados em 2024. Devido a uma base de comparação já elevada, a ocupação se expande menos, mas o contingente de ocupados é mantido ou ampliado. Essa capacidade de manutenção do mercado de trabalho de 2025 é suficientemente consistente para que a taxa de desocupação mantenha sua trajetória de queda. Além da manutenção da ocupação, o mercado de trabalho permanece robusto o suficiente para manter os ganhos de renda dos trabalhadores. O avanço no rendimento e a política de reajuste do salário-mínimo ajudam na manutenção do poder aquisitivo da população, proporcionando um estímulo ao consumo, que garante a manutenção de atividades econômicas a despeito dos juros em patamar elevado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.